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Tinder de ricaços usa dados do LinkedIn para saber quem é um bom partido

The League, o Tinder da elite, usa dados do LinkedIn para oferecer combinações do mesmo padrão.

“Você é inteligente, ocupado e ambicioso. Você não precisa de um app de encontro para ter um — você já é popular. Mas você deveria se inscrever no The League“. É assim que se descreve o aplicativo de relacionamentos destinado à elite que promete “encontros inteligentes”, e que já arrecadou mais de US$ 2 milhões em investimentos.

E, diferente dos demais apps do gênero no mercado, o “Tinder dos Ricos” não permite a entrada de qualquer um: você precisa ser interessante o suficiente para ser aceito. Para julgar isso, o The League busca informações sobre o seu emprego e sobre onde você estudou.

O The League promete economizar o tempo de quem usa aplicativos de encontros como o Tinder – no qual usuários podem gastar horas vasculhando perfis encontrar alguém desejável – ao selecionar quem entra e quem fica na rede. A nata da sociedade, por assim dizer.

O app faz uso principalmente do perfil do LinkedIn de seus usuários, e para entrar é preciso ser jovem (entre 20 e 30 anos), de boas universidades americanas, com graduações avançadas (como MBAs), e ter conquistado algo importante durante este período, como um cargo importante em alguma empresa grande.

Os interessados em fazer parte da rede podem ser convidados por um usuário já membro (como nos bons tempos do Orkut) ou podem fazer o cadastro e esperar o algoritmo vasculhar as redes dele para garantir que ele está no grupo etário correto e é focado em carreira — ou, como quer fazer acreditar o aplicativo, que ele é “interessante”. Cerca de metade dos membros entraram na rede com o convite VIP.

Além de difícil de entrar, o The League também não é muito simples de manter: usuários com muitas combinações, mas que conversam pouco, por exemplo, podem ser excluídos da rede. Usuários recebem apenas algumas possibilidades de combinação por dia — todas escolhidas de acordo com o perfil do usuário.

A fundadora, Amanda Bradford, 29, estudante de Stanford, explica que a ideia por trás do aplicativo surgiu com o desejo de não querer ser vista por amigos e colegas de trabalho — ela explica à Forbes que a possibilidade de combinar com alguém e no dia seguinte encontrá-lo no trabalho ou para negociações parecia muito estranho.

“Eu não queria ver ou ser vista por nenhum de meus amigos ou qualquer pessoa com quem eu tivesse feito negócios”, conta. Desta forma, o app vasculha as redes para que você não “trombe” virtualmente com amigos do Facebook ou com conexões profissionais do LinkedIn.

Amanda também não vê problema nenhum em selecionar os usuários. “Se deixarmos qualquer um entrar, seria apenas mais um app de relacionamentos”, explica ao Business Insider. “Queremos que as pessoas vejam o The League como algo mais maduro e de bom gosto, para jovens profissionais que queiram tomar um café ou um drink e não apenas uma ficada”, conta a fundadora, que prefere focar mais nos aspectos de privacidade do aplicativo a curadoria de perfis.

As operações do “Tinder da Nata” tiveram início no começo deste ano em São Francisco, garantiram US$ 2,1 milhões de dólares de investidores do Vale do Silício e já se expandiram para a cidade de Nova York. Desde o lançamento, mais de 100.000 usuários fizeram parte da lista de espera. [Business Insider, Forbes, The League]

Foto de capa: Larry Johnson/Flickr

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