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Tonga coloca 50 mil quilômetros em cabos submersos para reestabelecer a internet

Quase 50 mil cabos danificados pela erupção vulcânica foram reconectados na última terça. Agora, os planos são usar satélites da Starlink, empresa de Elon Musk, para melhorar o acesso a internet na região

Covid Tonga

Imagem: NZ Defence Force/Wikimedia Commons/Reprodução

Tonga voltou a ter conexão de internet após passar cinco semanas desconectada do mundo. A erupção do vulcão submarino Hunga-Tonga-Hunga-Ha’apai, que aconteceu no dia 15 de janeiro, rompeu os cabos que levam internet ao país, além de causar um tsunami — e, por tabela, uma enorme destruição em ilhas da região.

Os 49.889 de cabos danificados pela erupção vulcânica foram reconectados pela equipe de manutenção de uma empresa estatal na última terça-feira. Isso finalmente devolveu uma boa conexão de internet para os 105 mil habitantes das ilhas, que estavam com uma conexão 2G emitidas por uma antena parabólica da Universidade do Pacífico Sul. Como você pode imaginar, a conexão era extremamente instável e lenta.

A rede de cabos de fibra óptica conecta a ilha principal de Tonga a Fiji, país-arquipélago que fica a aproximadamente 800 km de distância. A partir da conexão com Fiji, Tonga consegue se comunicar com o restante do planeta.

As ilhas vizinhas à ilha principal de Tonga ainda estão sem conexão de internet, mas as autoridades locais planejam colocar em funcionamento cinquenta satélites Starlink da SpaceX, comandada pelo bilionário sul-africano Elon Musk. Isso deve acontecer na próxima semana, e deve, finalmente, restabelecer a conexão em outras regiões do arquipélago.

A Starlink afirma que seus satélites de baixa órbita e de alta velocidade são ideais para locais com pouco ou nenhuma conexão de internet. Inclusive, há uma parceria firmada entre o Ministério das Telecomunicações do Brasil e a empresa para levar internet a locais remotos e isolados do Brasil.

Os satélites Starlink foram doados para a ilha em 15 de fevereiro e as autoridades de Tonga já começaram a realizar testes para estabelecer conexão para os cerca de 20 mil habitantes que ainda estão desconectados do restante do mundo.

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