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Após checagem de fatos no Twitter, Trump ameaça regular redes sociais

Trump voltou ao Twitter para dizer que republicanos se sentiam "silenciados" pelas redes sociais e que vai "regular fortemente [as plataformas de mídias sociais] ou fechá-las".

Presidente dos EUA, Donald Trump .Crédito: Alex Wong/Getty Images

Crédito: Alex Wong/Getty Images

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, não gostou nada de ter links para checagem de fatos em dois de seus tuítes publicados nesta semana. Poucas horas depois de o Twitter incluir uma página que mostrava ao público uma checagem de suas afirmações sobre supostas fraudes de eleitores democratas, Trump voltou à plataforma para dizer que republicanos se sentiam “silenciados” pelas redes sociais. Seus tuítes jamais foram apagados.

Além dessa afirmação, Trump disse que vai “regular fortemente [as plataformas de mídias sociais] ou fechá-las”. Esse é, até agora, o discurso mais inflamado do presidente dos Estados Unidos sobre as plataformas de mídias sociais.

Tradução: Republicanos sentem que as plataformas de mídias sociais totalmente silenciam vozes conservadoras. Vamos regular fortemente, ou fechá-las, antes de permitirmos que isso aconteça. Nós vimos o que eles tentaram fazer, e falharam, em 2016. Não podemos deixar uma versão mais sofisticada disso acontecer novamente. Da mesma maneira que não podemos permitir que cédulas de eleição sejam enviadas em larga escala pelos correios em nosso país. Seria um cada um por si de trapaças, falsificação e roubo das cédulas. Quem roubasse mais iria ganhar. Da mesma forma, as redes sociais. Consertem o que fizeram agora!

A subida de tom de Trump não acontece somente depois de seus tuítes terem sido “checados” por um Moments no Twitter. Uma corte federal rejeitou nesta quarta-feira (27) acusações de que gigantes das mídias sociais, incluindo o Google, Facebook e Twitter, conspiraram para suprimir visualizações de conteúdos conservadores na internet.

Cortes de apelações dos Estados Unidos em Washington rejeitaram as acusações feitas pelo grupo sem fins lucrativos Freedom Watch e a YouTuber conservadora Laura Loomer, que acusava o YouTube de violar leis antitruste e a Primeira Emenda da Constituição dos EUA, segundo uma reportagem da Bloomberg.

No entendimento da corte, não foram oferecidas evidências o suficiente de violações antitruste e as companhias não são entidades estatais que possam violar os direitos de liberdade de expressão. Citando uma decisão anterior, eles concluíram que “em geral, a Primeira Emenda ‘proíbe apenas a restrição do discurso por entes governamentais'”.

A decisão foi tomada por um painel de três juízes, dois indicados por presidentes republicanos e um indicado por um presidente democrata. Ainda de acordo com a Bloomberg, o juiz que rejeitou o caso, Trevor McFadden, foi indicado por Trump.

Os autores da decisão disseram que apresentar uma petição para que o caso seja ouvido por um painel ampliado de juízes e que podem levar o caso à Suprema Corte. Larry Klayman, advogado da Freedom Watch, disse que acredita que o tribunal emitiu a decisão em resposta à ameaça do presidente Donald Trump de regular ou fechar as empresas de mídia social por supostamente terem um viés anticonservador.

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