Trump diz que está considerando restaurar o financiamento dos EUA à OMS

O presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou que estava considerando restaurar parte do financiamento para a OMS (Organização Mundial da Saúde).
Presidente dos EUA, Donald Trump .Crédito: Alex Wong/Getty Images
Crédito: Alex Wong/Getty Images

O presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou neste sábado (16) que estava considerando restaurar parte do financiamento para a OMS (Organização Mundial da Saúde). Trump havia congelado o financiamento para a entidade em abril, depois de criticar a organização por sua resposta à pandemia de coronavírus e acusá-la de ser tendenciosa à favor da China.

O anúncio, é claro, foi feito no Twitter. Em um tuíte, Trump disse que os EUA estavam considerando vários “conceitos” para o financiamento da OMS. Um dos conceitos inclui restaurar 10% do financiamento para a organização ou disponibilizar a mesma quantia dada pela China. Trump acrescentou que não tomou uma decisão final e que os fundos, por enquanto, permanecem congelados.

O congelamento de Trump no financiamento da OMS dura de 60 a 90 dias. Durante esse período, a administração revisará as ações da organização.

A decisão do presidente foi criticada por líderes internacionais e do próprio país. No Capitólio, os democratas disseram que a medida de Trump era ilegal, uma vez que o Congresso já havia se apropriado de dinheiro para a OMS. Enquanto isso, a Casa Branca alegou que o presidente tinha “ampla discrição” sobre o dinheiro alocado à OMS.

Os Estados Unidos foram o maior financiador da OMS. No final de 2019, os EUA haviam dado à OMS US$ 893 milhões em contribuições. Em comparação, a China havia dado à organização aproximadamente US$ 86 milhões na mesma época do ano passado. De acordo com o Wall Street Journal, nenhum país chega perto do financiamento dos EUA, que representa 15% do orçamento da OMS.

No entanto, desde o início da pandemia, a China concedeu à agência internacional de saúde milhões a mais em contribuições. Alguns especialistas disseram que a medida é política e uma maneira de a China se apresentar como líder global na luta contra o coronavírus, e não o país de origem do vírus.

“Os Estados Unidos da América têm sido um amigo de longa data e generoso da OMS e esperamos que continue assim”, disse o Dr. Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor geral da oMS, depois que Trump congelou o funcionamento. “Lamentamos a decisão do presidente dos Estados Unidos de pedir uma retenção no financiamento à Organização Mundial da Saúde”.

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