Trump assina ordem executiva para proibir transações com oito apps chineses nos EUA

A lista é composta pelos seguintes apps: Alipay, QQ, QQ Wallet, WeChat Pay, CamScanner, WPS Office, SHAREit e VMate.
Bandeira da China. Crédito: Flickr/Remko Tanis
Imagem: Flickr/Remko Tanis

O presidente dos EUA, Donald Trump, assinou nesta terça-feira uma ordem executiva proibindo transações com oito aplicativos chineses no país. O documento estipula um prazo de 45 dias para o Departamento de Comércio colocar a medida em prática.

A lista é composta pelos seguintes apps: Alipay, QQ, QQ Wallet, WeChat Pay, CamScanner, WPS Office, SHAREit e VMate. O Alipay é do Ant Group, de Jack Ma, enquanto QQ, QQ Wallet e WeChat Pay são da Tencent, uma das maiores empresas de tecnologia do mundo.

O motivo alegado pela Casa Branca é, assim como em outras proibições de empresas chinesas, risco à segurança e à privacidade de usuários americanos.

De acordo com informações da agência de notícias Reuters, apesar de o documento dar ao Departamento de Comércio dos EUA 45 dias para agir, o órgão planeja tomar medidas antes desse prazo. O mandato de Trump se encerra no dia 20 de janeiro.

Não é a primeira ordem do tipo que parte da Casa Branca nos últimos anos. A Huawei foi proibida de fazer negócios com empresas do país e de usar tecnologias desenvolvidas nos EUA. Recentemente, outras ações foram tomadas contra a marca de drones DJI e a fabricante de semicondutores SMIC.

O governo americano também fez uma ofensiva ao TikTok, da companhia chinesa ByteDance, mas ações judiciais impediram a tomada de medidas efetivas para forçar a venda do app ou proibir sua distribuição. O WeChat foi alvo de uma ordem executiva do mesmo tipo. Nos últimos dias, a Bolsa de Nova York tentou retirar de sua lista ações de três empresas chinesas, mas desistiu.

Se as medidas tomadas por Trump forem mesmo postas em prática, isso pode ter consequências para famílias de origem chinesa que vivem nos EUA. Aplicativos como o WeChat Pay e o Alipay são usados por essas pessoas para se comunicar com amigos e familiares que ficaram no país asiático e enviar recursos, já que vários serviços amplamente usados no resto do mundo são proibidos na China, como Google, Facebook e Twitter.

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