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iPhone 11, relógio e streaming: um resumão do que a Apple apresentou nesta terça-feira

A cada ano parece que o evento de iPhones oferece menos surpresas. Não foi diferente desta vez. Mais uma vez, tivemos o anúncio de três novos celulares e um novo Apple Watch. Mas também tivemos algumas novidades e detalhes sobre o futuro da empresa. Os novos iPhones são, como esperávamos, o iPhone 11 e o […]

Detalhe das três câmeras do iPhone 11 Pro

A cada ano parece que o evento de iPhones oferece menos surpresas. Não foi diferente desta vez. Mais uma vez, tivemos o anúncio de três novos celulares e um novo Apple Watch. Mas também tivemos algumas novidades e detalhes sobre o futuro da empresa.

Os novos iPhones são, como esperávamos, o iPhone 11 e o iPhone 11 Pro em dois tamanhos diferentes. Todos possuem novas câmeras com sensor grande angular. O novo Apple Watch é visualmente idêntico à geração anterior, mas agora tem um tela que fica sempre ligada. Também foi anunciado um novo iPad mais barato, que parece ser um pouco melhor do que os anteriores. E ficamos sabendo quanto que a Apple vai cobrar por seus serviços de streaming de vídeo e de videogame.

Basicamente, é isso o que você precisa saber. O que talvez seja mais notável sobre o evento de iPhones, no entanto, é o que a Apple não anunciou. Alguns rumores não se tornaram realidade, o que fez com que muita gente aposte que a companhia está segurando algumas coisas para um iPhone mais chique em 2020, quando devem introduzir a tecnologia 5G em seus aparelhos.

iPhone 11

Para substituir o iPhone XR veio o iPhone 11. Assim como o XR, ele tem corpo de alumínio anodizado e tela LCD Liquid Retina de 6,1 polegadas.

Vire o dispositivo e você vai encontrar um novo sistema de câmera dupla que possui uma lente grande angular de 12 megapixels, além do sensor regular também de 12 megapixels. Isso significa que o iPhone 11 possui uma lente capaz de abrir o ângulo de suas fotos e capturar mais informações. E embora o módulo tenha uma aparência similar às duas câmeras do iPhone XS, não é lente telefoto, o que significa que não tem zoom óptico. Há ainda um novo flash True Tone.

O novo sistema de câmeras tira vantagem do novo e mais poderoso processador A13 Bionic. A Apple diz que ele tem 20% mais performance do que o chip A12 em termos de poder de processamento, gráficos e processamento neural (para IA). Essa potência alimenta uma nova funcionalidade chamada processamento de fotos Deep Fusion que, na teoria, deve oferecer imagens super nítidas, bem como um novo Modo Noturno que parece realmente bater de frente com a Visão Noturna do Pixel.

A Apple também aprimorou a sua função Smart HDR para oferecer cores mais vivas. O aparelho vem ainda com o Face ID, que a companhia diz estar mais rápido e funcionar de mais ângulos. O iPhone 11 tem ainda um novo chip U1 que melhora a percepção espacial do dispositivo. A fabricante diz que sua bateria dura 17 horas e é compatível com carregamento rápido, embora você precise comprar um adaptador especial separadamente.

O iPhone 11 virá em seis cores: preto, verde, amarelo, roxo, vermelho e branco. As opções de armazenamento incluem 64 GB, 128 GB e 256 GB. Os preços começam em US$ 700. A pré-venda nos EUA começa no dia 13 de setembro, e os envios no dia 20 de setembro. Ainda não há informações de disponibilidade no Brasil, mas o modelo deve chegar antes das festas de final de ano.

iPhone 11 Pro

Este é o item caríssimo, e para a surpresa de muitos, virá também na cor verde. O iPhone 11 Pro substitui a linha do iPhone XS. Assim como seu antecessor, o celular possui corpo aço inoxidável e tela OLED de 5,8 polegadas. A Apple diz que seu vidro é o mais resistente já colocado em um smartphone, e a traseira possui um acabamento fosco.

Assim como o iPhone 11, a traseira trás uma protuberância quadrada ainda maior. Neste modelo, há uma câmera grande angular completamente nova. Juntas, as três câmeras de 12 megapixels oferecem zoom óptico de até 4X, com distância focal de 13 a 52 milímetros. Agora, você pode tanto aproximar quanto se afastar ao enquadrar uma foto, o que é bem legal.

Além do sistema mais avançado de câmeras e um design ligeiramente diferente, o iPhone 11 Pro possui muitas das mesmas especificações do iPhone 11. Ele também tem um chip A13 Bionic e todo o poder de processamento que vêm com esse componente. Mesmo com esses ganhos, a Apple diz ter conseguido estender a autonomia de bateria do aparelho em quatro horas, se comparado com o iPhone XS. Esse modelo também tem carregamento rápido e a companhia decidiu finalmente incluir um adaptador compatível com essa tecnologia na caixa.

O novo iPhone 11 Pro terá sua pré-venda iniciada em 13 de setembro, e os envios começarão no dia 20 de setembro. Ele será vendido nas cores cinza, prata, um novo tom de dourado e num verde meia-noite. As opções de armazenamento são as mesmas do modelo do ano passado: 64 GB, 256 GB e 512 GB. O aparelho custa a partir de US$ 1.000.

Ainda não há informações de disponibilidade no Brasil, mas o modelo deve chegar antes das festas de final de ano.

Já o iPhone 11 Max é apenas uma versão mais do iPhone 11 Pro. As especificações são virtualmente idênticas, com exceção do fato de iPhone 11 Max tem tela OLED de 6,5 polegadas e uma hora extra de autonomia de bateria. O preço sugerido é de US$ 1.100.

Apple Watch Series 5

Parece que o Apple Watch Series 5 tem exatamente duas novidades de hardware: uma tela Retina que estará sempre ligada e uma bússola embutida. A tela OLED utiliza um novo óxido policristalino de baixa temperatura (LTPO, na sigla em inglês) que se atualiza dinamicamente entre 1Hz e 60 Hz. Quando o seu pulso está para baixo, a tela fica com brilho baixo para economizar bateria, mas deixa funcionalidades chave como o mostrador do relógio visível. A Apple diz ainda que o modelo tem a mesma autonomia de bateria de 18 horas do Series 4.

As vantagens do novo compasso são um pouco enigmáticas por enquanto. Há um novo aplicativo de compasso no relógio, o que é útil para quem faz escaladas, caminhadas na natureza ou simplesmente é péssimo em andar pelo shopping. A Apple defendeu o componente ao dizer que o compasso estará disponível para que desenvolvedores incluam novidades em seus apps, o que significa que veremos todos os tipos de novidades depois que o Watch OS 6 for lançado neste trimestre. E, honestamente, a maioria das funcionalidades novas do Apple Watch Series 5 envolvem software.

O Series 5 trouxe também novas opções de design, incluindo a volta da carcaça de cerâmica e uma nova carcaça de titânio, que compõem a nova linha Apple Watch Edition. A Apple anunciou um novo programa chamado Apple Studio que permite misturar e combinar designs da carcaça e da pulseira, em vez de se manter com a pulseira básica que costuma vir com cores específicas na hora de comprá-lo.

O Apple Watch Series 5 começa em US$ 400 na versão de alumínio. A versão de titânio começa em US$ 800 e a de cerâmica em US$ 1.300. A pré-venda já começou nos EUA, e os novos relógios serão enviados no dia 20 de setembro. Ainda não há informações de disponibilidade no Brasil, mas o modelo deve chegar antes das festas de final de ano.

Novo iPad barato

O iPad mais barato finalmente ganhou novidades. A sexta geração do modelo de 9,7 polegadas será substituído por um modelo redesenhado que possui tela Retina de 10,2 polegadas. A Apple também adicionou o Smart Connector, o que significa que o modelo de entrada agora funciona com uma gama maior de teclados e acessórios. O iPad OS que deve chegar em breve também trará muitas novas funcionalidades, como a possibilidade de plugar um pendrive ou HD externo e se conectar com controles do PlayStation.

Embora a Apple diga que o iPad é duas vezes mais rápido do que um “PC Windows campeão de vendas” cujo o nome não foi citado, o novo dispositivo tem hardware defasado. O chip A10 Fusion, por exemplo, foi colocado no iPhone 7, em 2016. A câmera de 8 megapixels do novo iPad não tem nada de especial, e há apenas o Touch ID – ou seja, nada de Face ID como no iPad Pro.

Olhando pelo lado bom, o iPad barato continua barato, começando em US$ 330 para o modelo Wi-Fi e US$ 460 para a versão com suporte para redes móveis. Esse novo tablet estará disponível nos EUA a partir do dia 30 de setembro.

Apple Arcade

Não tivemos um monte de novidades sobre o Apple Arcade, a plataforma de jogos da empresa. Vimos uma atualização do clássico Frogger, bem como dois novos títulos chamados Sayonara Wild Hearts e Shinsekai Into the Depths. A Apple mostrou como o Arcade irá existir como uma nova aba da App Store.

A grande novidade foi o preço do Arcade: R$ 9,90 por mês, com um mês de testes gratuito. O preço é bem convidativo para acessar mais de 100 jogos, mas que poderão ser acessados apenas em dispositivos da Apple. O serviço começará a funcionar no dia 19 de setembro, inclusive no Brasil.

Apple TV+

Mais uma vez, havia bastante burburinho sobre a Apple TV+, e a companhia não mostrou muitas informações sobre o serviço. Vimos um trailer da nova série de Jason Momoa, chamada See, que é um drama pós-apocalíptico sobre humanos que perderam a visão. Aparentemente, existem alguns recém nascidos capazes de enxergar e há conflitos para decidir se eles devem ser protegidos ou mortos.

O grande anúncio: o Apple TV+ custará R$ 9,90 mensais também. Se você comprar uma nova Apple TV, iPad ou iPhone, você terá um ano do serviço gratuito – o que não é nada mal, especialmente se lembrarmos que a Apple já deu uma faixa do U2 de graça. Começa a funcionar no Brasil e no resto do mundo em 1º de novembro.

A Apple reinventou os iPhones? Não chegou nem perto. A Apple continuará vendendo um monte de iPhones? Veremos.

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