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Twitter usou informações privadas de segurança dos usuários para ajudar anunciantes

Twitter admitiu que usou informações de usuários para recursos de segurança para ajudar anunciantes; companhia pediu desculpas pelo ocorrido.

Prédio da sede do Twitter em San Francisco, na Califórnia (EUA)

Crédito: AP

O Twitter diz que, inadvertidamente, usou informações privadas, fornecidas pelos usuários com o objetivo de proteger suas contas, para ajudar empresas a direcionar propagandas.

Os usuários fornecem ao Twitter seus números de telefone e endereços de e-mail para habilitar certos recursos de segurança, como autenticação de dois fatores, para impedir que suas contas sejam invadidas. O Twitter, por sua vez, usou essas informações para ajudar os anunciantes a atingir públicos específicos, informou a empresa em um comunicado nesta terça-feira (8).

“Não podemos dizer com certeza quantas pessoas foram impactadas por isso, mas, em um esforço em ser transparente, queríamos conscientizar todos sobre o ocorrido. Nenhum dado pessoal foi compartilhado externamente com nossos parceiros ou terceiros”, afirmou a empresa.

Os dados pessoais foram usados pelo sistema de publicidade do Twitter chamado “Tailored Audiences” (ou “Públicos personalizados”), que permite que as empresas enviem listas de números de telefone e endereços de e-mail das pessoas que desejam segmentar com anúncios. O Twitter então combina as listas com seus próprios registros internos.

A companhia diz que o erro que permitia que as informações de segurança pudessem ser utilizadas foi corrigido em 17 de setembro. A empresa, no entanto, não informou por quanto tempo o erro esteve ativo. Um porta-voz do Twitter disse que não tinha mais nada a compartilhar sobre a linha do tempo dos fatos além do que está na declaração enviada por eles.

“Lamentamos muito o fato de ter acontecido isso e estamos tomando medidas para garantir que não cometeremos este erro novamente”, afirmou o Twitter em um comunicado.

O Twitter não é a primeira empresa a usar informações de contato de usuários para fins de segurança para ganhar dinheiro. No ano passado, o Gizmodo revelou que o Facebook estava fazendo isso intencionalmente.

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