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Jogador de Call of Duty que causou morte por causa de trote para a polícia se declara culpado de 51 acusações

Tyler Barriss, morador da Califórnia que as autoridades dizem estar por trás de uma onda de incidentes de “swatting” — trote em que uma ligação anônima denuncia uma situação criminosa e leva os policiais a invadir a casa de alguém — se declarou culpado de um total de 51 acusações federais e irá receber pena […]

Irfan Khan/Los Angeles Times/Pool (AP)

Tyler Barriss, morador da Califórnia que as autoridades dizem estar por trás de uma onda de incidentes de “swatting” — trote em que uma ligação anônima denuncia uma situação criminosa e leva os policiais a invadir a casa de alguém — se declarou culpado de um total de 51 acusações federais e irá receber pena mínima de 20 anos de prisão se seu acordo for aprovo pelo juiz do caso, informou a AP nesta terça-feira (13).

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A prática de “swatting” se tornou um problema grande o bastante para que o Departamento de Polícia de Seattle lançasse um programa neste ano para ajudar potenciais vítimas (que costumam ser gamers, streamers, famosos ou outras pessoas que atraiam a atenção de trolls online) a relatar seus nomes e endereços para dar aos policiais que atendem às ligações um aviso de antemão.

Barriss ficou mais conhecido por um incidente em 2017, em que teria aceitado um pagamento de US$ 1,50 feito por meio de uma partida de Call of Duty para ligar para a polícia denunciando uma falsa situação com reféns. As autoridades então chegaram a um endereço que não pertencia a nenhuma das partes envolvidas e matou Andrew Finch, homem de 28 anos que morava em Wichita, no Kansas, e era pai.

Porém, de acordo com o jornal Wichita Eagle, Barriss também admitiu culpa em incidentes envolvendo a Comissão Federal de Comunicações dos EUA, o FBI, escolas, shoppings, emissoras de TV e outros lugares, e outras acusações seguem pendentes em relação à morte de Finch:

A audiência de confissão de terça-feira resolve casos apresentados contra Barriss em três jurisdições federais: Kansas, Califórnia e Washington D.C. Ele ainda enfrenta acusações ligadas à morte de Finch em tribunal estadual, incluindo homicídio involuntário. Esse julgamento está marcado para janeiro.

Ele se declarou culpado de três das 12 acusações feitas em Kansas, envolvendo o telefonema de swatting de 28 de dezembro de 2017, que levou à morte de Finch — informações falsas e fraudes, perseguição cibernética e conspiração. As outras nove foram descartadas, como parte de seu acordo judicial.

As duas acusações de D.C. que ele admitiu — ambas classificadas como ameaça de morte a outra pessoa ou de danificar propriedades por meio de fogo — foram por ameaças de bomba contra as sedes da Comissão Federal de Comunicações e do FBI em 14 de dezembro e 22 de dezembro de 2017.

O jornal acrescentou que outras 46 acusações relacionadas ao tempo de Barriss na Califórnia são “por outros swattings que ele cometeu enquanto vivia no condado de Los Angeles… e por usar os cartões de crédito e de débito das pessoas para comprar coisas sem permissão”. Se o juiz do caso rejeitar o acordo judicial, Barriss estará livre para retirar suas confissões de culpa e pedir um julgamento.

A acusação separada de homicídio poderia render a Barriss mais 11 anos na prisão, segundo o Los Angeles Times. Os dois jogadores de Call of Duty envolvidos, Casey Viner e Shane Gaskill, também estão enfrentando uma longa lista de acusações.

O policial que atirou em Finch foi identificado por reportagens na mídia como Justin Rapp, do Departamento de Polícia de Wichita. Os promotores se recusaram a apresentar acusações contra Rapp, embora o departamento esteja enfrentando uma ação civil alegando homicídio culposo. Outdoors apareceram neste ano na área metropolitana de Wichita pedindo acusações criminais a ele.

[AP/Wichita Eagle]

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