Uber testa nos EUA sistema de monitoramento em tempo real de antecedentes criminais
O Uber iniciou um processo de checagem constante de seus motoristas nos Estados Unidos. Dessa forma a companhia pode saber imediatamente se um motorista foi acusado de algum crime.
• Uber demite 100 motoristas de reserva de carros autônomos e abre posição mais “avançada”
• Como funciona o novo esquema de pagamento para motoristas do Uber
Desde que o Uber começou a testar o sistema no começo do mês, 25 pessoas já foram afastadas da plataforma, de acordo com o Axios. Agora, a empresa planeja estender o serviço para todo os EUA.
No mês passado, o Uber disse que começaria a checar os antecedentes de todos os motoristas americanos todos os anos. O anúncio veio algumas semanas após uma investigação da CNN revelar que pelo menos 103 motoristas da plataforma tinham sido acusados de abusar sexualmente de passageiras.
Mas essa novidade significa um upgrade importante no plano de segurança. O vice-presidente de segurança do Uber, Gus Fuldner, disse ao Axios que a empresa acredita que essa “é uma maneira de obter o mesmo tipo de informação de uma checagem por antecedentes, mas em tempo real”.
Para monitorar seus motoristas constantemente, o Uber está trabalhando com uma empresa de checagem de antecedentes chamada Checkr, que utiliza nomes e números de Segurança Social (equivalente ao nosso CPF) para encontrar registros judiciais, registros de acusações de agressão sexual, registros de veículos e listas de observação de terroristas. O sistema também se vale de informações obtidas em tempo real pela companhia Appriss, que é capaz de oferecer atualizações constantes com novas informações vindas de municípios locais.
Com esse novo plano, sempre que um motorista for acusado de um crime, o sistema irá alertar a Uber e a companhia decidirá se aquela pessoa deve permanecer na plataforma ou ser removida.
O Gizmodo Brasil entrou em contato com a Uber para saber se esse sistema deve ser expandido para outros países, como o Brasil, e, por enquanto o sistema só funcionará nos EUA.
Imagem do topo: Getty