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Uber mira em bicicletas e patinetes elétricos para não perder bonde de inovação na mobilidade

Uber virou sinônimo de carro particular, mas isso pode mudar nos próximos anos. De acordo com o CEO da empresa, Dara Khosrowshahi, o próximo passo da empresa é investir em formas melhores de se locomover em cidades congestionadas, com veículos menores e elétricos, como bicicletas e patinetes. “Durante a hora do rush, é muito ineficiente […]

Uber virou sinônimo de carro particular, mas isso pode mudar nos próximos anos. De acordo com o CEO da empresa, Dara Khosrowshahi, o próximo passo da empresa é investir em formas melhores de se locomover em cidades congestionadas, com veículos menores e elétricos, como bicicletas e patinetes.

“Durante a hora do rush, é muito ineficiente usar uma tonelada de metal para transportar uma pessoa por dez quarteirões”, disse o executivo em entrevista ao Financial Times.

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A Uber já oferece bicicletas elétricas em oito cidades dos EUA. Berlim deve ser a primeira cidade europeia a receber o serviço. Ela já investiu US$ 200 milhões na aquisição da empresa de bicicletas Jump e também colocou dinheiro na companhia de patinetes elétricos Lime.

Segundo Khosrowshahi, a ideia é mudar o comportamento dos usuários e ter acesso a um mercado de mobilidade de US$ 6 trilhões. “Nenhum produto sozinho vai servir a todo esse mercado”,  declarou.

Até conseguir disputar esse mercado, a realidade é bem diferente. Ano passado, a empresa registrou prejuízos de US$ 4,5 bilhões. O CEO admitiu que os novos investimentos podem trazer mais prejuízos no curto prazo, pelas aquisições e pela menor receita que as viagens de bicicleta e patinete geram. A ideia é recuperar esse dinheiro no longo prazo.

A estratégia parece fazer sentido ao levar em conta que a atividade da empresa está sendo alvo de novas pressões regulatórias. Há algumas semanas, Nova York suspendeu novas licenças para motoristas de aplicativos de transporte por 12 meses, depois de uma onda de suicídios motivada por dificuldades financeiras e excesso de trabalho, além do aumento no nível de congestionamento. O prefeito de Londres, Sadiq Khan, também já manifestou sua simpatia pela adoção de um limite do mesmo tipo na capital do Reino Unido.

A Uber também não vai encontrar vida fácil nesse novo filão de transportes. Empresas chinesas têm feito investimentos pesados no setor de patinetes e bicicletas elétricos. No Brasil, três empresas — Scoo, Ride e Yellow — já estão operando em fase de testes com patinetes.

[The Guardian, BBC]

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