Uber encerra divisão de caminhões autônomos para concentrar esforços na de carros autônomos

O Uber anunciou, nesta segunda-feira (30), que está encerrando sua unidade de caminhões autônomos. Desde seu início o programa atraiu atenção até indesejada, com toda a confusão da aquisição da Otto (uma companhia de caminhões autônomos) e um processo judicial sobre roubo de segredos comerciais que terminou em acordo multimilionário. Agora, a empresa afirma que […]

O Uber anunciou, nesta segunda-feira (30), que está encerrando sua unidade de caminhões autônomos. Desde seu início o programa atraiu atenção até indesejada, com toda a confusão da aquisição da Otto (uma companhia de caminhões autônomos) e um processo judicial sobre roubo de segredos comerciais que terminou em acordo multimilionário. Agora, a empresa afirma que vai concentrar seus esforços apenas em sua unidade de carros autônomos.

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Em um memorando enviado a funcionários e que foi obtido pelo TechCrunch, Eric Meyhofer, chefe do Uber Advanced Technologies Group, que liderava a unidade, afirmou que, “em vez de ter dois grupos trabalhando lado a lado, focados em plataformas de veículos diferentes”, queria uma colaboração como um só time. Segundo o texto enviado aos funcionários, a ideia é colocar todos os esforços no projeto de carros autônomos em primeiro lugar, para só depois levar para aplicações de transportes de carga.

Segundo o TechCrunch, o Uber pretende realocar funcionários da unidade de caminhões autônomos, que funcionava em San Francisco, para outros trabalhos envolvidos no desenvolvimento da tecnologia de direção autônoma. E, caso não existam cargos semelhantes, esses funcionários devem ser realocados para Pittsburgh, onde fica a sede da unidade de carros autônomos, ou em esforços para fazer a transição de uma unidade para a outra.

“Recentemente, demos o importante passo de voltar às vias públicas em Pittsburgh e, à medida que buscamos continuar a esse momento, acreditamos que ter a energia e a expertise de toda a nossa equipe focadas nesse esforço é o melhor caminho a seguir”, disse Eric Meyhofer, em um comunicado sobre a decisão.

Enquanto isso, como aponta o TechCrunch, o Uber Advanced Technologies Group deve prosseguir o desenvolvimento de tecnologias como detecção de luz e o LiDAR, de detecção remota. Esta última é, inclusive, a que esteve no centro da disputa judicial entre Uber e Waymo, divisão de carros autônomos da Alphabet e antigo projeto particular do Google, que acusava o concorrente de roubo de segredos comerciais. Apesar de manter sua posição de que não cometeu o crime, o Uber concordou em pagar US$ 245 milhões à Waymo.

[TechCrunch]

Imagem do topo: Reprodução/Uber Advanced Technologies Group

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