Uma expedição para uma área inexplorada do Suriname descobriu 60 novas espécies

Uma expedição no sudeste do Suriname descobriu nada menos do que 60 novas espécies – além, é claro, de render uma história espetacular. As descobertas foram feitas na bacia do Rio Palumeu, em uma área quase inacessível em um país vizinho ao Brasil. Ao todo, 16 biólogos participaram da expedição que encontrou novos peixes, rãs […]

Uma expedição no sudeste do Suriname descobriu nada menos do que 60 novas espécies – além, é claro, de render uma história espetacular.

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As descobertas foram feitas na bacia do Rio Palumeu, em uma área quase inacessível em um país vizinho ao Brasil. Ao todo, 16 biólogos participaram da expedição que encontrou novos peixes, rãs e serpentes, além de insetos.

No site da Conservação Internacional, organização ambientalista que relata a expedição, o doutor Trond Larsen contou um pouco como foi a aventura – todas as dificuldades enfrentadas ao atravessar uma floresta inundada. O planejamento de manter o acampamento inteiro por alguns dias antes de mudar de lugar foi abandonado conforme a água subia. E, como Larsen destacou, a aventura ressalta como a água é um recurso importante no Suriname:

Como nossa aventura demonstrou, a água é abundante e também um recurso importantíssimo no Suriname. A maior parte da água fresca do país se origina no sudeste do Suriname, a parte mais remota e intocada do país, e possivelmente do mundo.

Apesar da floresta não ter sido tocada pelas mãos dos homens antes, a influência da humanidade em regiões vizinhas já causou estragos por lá.

Apesar da vida selvagem próspera na região, ficamos surpresos ao descobrir que, mesmo na ausência de qualquer forma de mineração, os níveis de mercúrio nos sedimentos e nos peixes estava ligeiramente acima dos padrões internacionais aceitáveis para consumo humano. É provável que essa poluição por mercúrio foi levada até lá por ventos de países vizinhos. Isso demonstra que mesmo as áreas mais isoladas e intocadas do mundo não estão totalmente protegidas do impacto humano – todos os sistemas são interligados.

O impacto do homem na natureza não é algo que pode ser revertido, infelizmente. Mas ainda assim é fantástico observar uma região completamente nova para os olhos humanos – e ainda mais quando podemos ver novas espécies de animais e insetos. Confira alguma delas abaixo e, se quiser, leia o relato de Larsen aqui (em inglês). Neste PDF você pode ver fotos de todas as novas espécies documentadas. [Conservação Internacional]


Sapo Cocoa

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Entre os diversos anfíbios encontrados está o Sapo Cocoa, que é “arbóreo e usa discos circulares em seus dedos das mãos e pés para subir na copa das árvores”, como escreveu Larsen.

Foto por Stuart V Nielsen


Cigarra juvenil

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Esta espécie não é exatamente nova, mas é bem interessante. As longas cadeias vistas no seu abdômen são feitas de cera e ajudam na proteção contra predadores – eles são enganados para atacarem a parte errada do corpo, e a cadeia se quebra liberando a cera enquanto os insetos saltam para longe.

Foto por Trond Larsen


Pseudophyllinae teleutini

gafanhoto

Esta espécie de gafanhoto foi considerada completamente nova pelos pesquisadores.

Foto por P. Naskrecki


Peixe Hemigrammus

peixe

Ao todo foram descobertas 11 novas espécies de peixe – acima está o Hemigrammus.

Foto por Trond Larsen

Imagem de topo por Trond Larsen

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