United Airlines estenderá cancelamento de voos com aviões Boeing 737 Max até novembro

Indefinição sobre atualização de software dos aviões Boeing 773 Max fará com que United Airlines atrase voos até o mês de novembro.
Avião da United, um boeing 787, deixa o aeroporto de Los Angeles, nos EUA
Getty Images

Mais voos estão sendo cancelados por causa dos problemas envolvendo os Boeing 737 Max, que continuam sem voar devido à revisão de uma atualização de software. A United Airlines anunciou recentemente mais outra revisão em seu cronograma para as aeronaves voltarem a operar.

Um porta-voz da companhia disse que os cancelamentos se estenderão até 3 de novembro, acrescentando que as mudanças afetarão dezenas de voos por dia. As mudanças vão impactar aproximadamente 2.100 voos durante o mês de setembro e cerca de 2.900 voos apenas em outubro, segundo a empresa.

“Continuamos a trabalhar no cronograma para tentar trocar e aumentar as aeronaves para mitigar a interrupção causada pelos 737 Max”, disse a companhia em um comunicado. “Continuamos a registrar automaticamente clientes afetados em voos alternativos. Se não conseguirmos colocá-los em um voo diferente, entraremos em contato proativamente para oferecer outras opções”.

Um porta-voz da Southwest Airlines disse em um comunicado por e-mail que a companhia não tinha planos de estender cancelamentos após a data anunciada anteriormente (no caso 1º de outubro). As mudanças no cronograma de voos foram anunciadas no mês passado, quando a empresa informou em comunicado que os cancelamentos “removerão proativamente 150 voos diários de nossa programação de um total de 4.000 voos diários em dias de pico”.

Já a American Airlines, que tinha anunciado cancelamentos até 3 de setembro, disse em um e-mail que a empresa não tem novidades para compartilhar sobre o assunto. Eles disseram em um comunicado em junho que “se mantêm confiantes que as atualizações de software do Boeing 737 Max, junto com os novos elementos de treinamento que a Boeing está trabalhando, levarão à certificação da aeronave em breve”.

O Boeing 737 Max foi suspenso em março após dois acidentes que mataram um total de 346 pessoas. A FAA (Federal Aviation Administration) anunciou no mês passado que durante sua análise da atualização de software da Boeing que identificou “um risco potencial que a Boeing deve mitigar”, adicionando que “voaremos com as aeronaves assim que considerarmos que é seguro fazê-lo”.

No Brasil, a Gol é uma das operadoras que contam com as aeronaves. Eles informaram que realizou quase 3.000 voos com o Boeing 737 Max entre junho de 2018 e março deste ano. A partir do dia 11 de março, a companhia suspendeu temporariamente as aeronaves após os incidentes. A companhia não deu uma data para suspensão, apenas informou que as aeronaves estão no centro de manutenção em Confins (MG).

Por ora, a aérea diz que “reitera a confiança na segurança de suas operações e na Boeing, parceira exclusiva desde o início da companhia em 2001, e esclarece que está acompanhando de forma intensiva todos os fatos, que permitam o retorno das aeronaves às operações regulares da companhia”.

A Boeing disse em um comunicado que “concorda com a decisão da FAA e está trabalhando nas correções necessárias de software”.

Atualizado às 20h29 com o posicionamento da Gol

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