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Universidade brasileira quer substituir livros e xerox por tablets gratuitos

Várias universidades no exterior estão experimentando o iPad como substituto dos caros e volumosos livros-texto, e para ampliar o ensino com conteúdo multimídia. A Universidade Estácio quer fazer algo semelhante no Brasil: a partir de agosto, cinco mil estudantes receberão tablets rodando Android com o material didático do curso, e eles não terão que pagar […]

Várias universidades no exterior estão experimentando o iPad como substituto dos caros e volumosos livros-texto, e para ampliar o ensino com conteúdo multimídia. A Universidade Estácio quer fazer algo semelhante no Brasil: a partir de agosto, cinco mil estudantes receberão tablets rodando Android com o material didático do curso, e eles não terão que pagar a mais por isso. Não é pra jogar Angry Birds na aula, hein!

O tablet vai acessar a rede Wi-Fi da faculdade, mas terá suporte a 3G, e operadoras já estão preparando pacotes de dados para os alunos. Com o tablet, será possível ter acesso ao material didático do curso, além da biblioteca virtual da universiade e de toda a intenet – com Flash, vale ressaltar. Segundo Pedro Graça, diretor de mercado da Estácio, o tablet será um modelo ainda não lançado no Brasil, “com boa capacidade para Flash e vídeo, já que nosso material pedagógico é multimídia e interativo”.

Primeiro serão os cinco mil calouros de Direito no RJ e ES a receber os tablets; até 2016, a ideia é distribuir tablets para todos os alunos, substituindo de vez o material didático em papel – enviado todo semestre aos estudantes via correio – pela versão digital. O tablet deve custar à universidade de US$350 a US$450, mas a promessa é que os estudantes não vão pagar a mais por isso – e ainda poderão ficar com o aparelho ao final do curso.

Mas e se o tablet for roubado? O Pedro da Estácio explica que o tablet precisa se conectar de tempos em tempos à rede da Estácio, senão para de funcionar – isso deve ajudar a evitar roubos. Se o aluno perder ou quebrar o tablet, no entanto, terá que pagar por um novo, a preço de custo.

O projeto com certeza é bem-vindo, não só por implementar tecnologia na sala de aula, como por promover economia de papel – 6 milhões de folhas de papel só no primeiro ano. Mas eles terão que enfrentar alguns problemas: ler continuamente num tablet pode cansar a vista; fazer anotações em tablets é menos prático que no papel; tablets têm mil coisas (música, jogos, vídeos) para distrair a atenção; e até mesmo coisas pequenas, como usar a mesma fonte em todo o material, podem prejudicar a retenção de informações.

Os tablets começarão a ser distribuídos a partir de agosto, então logo teremos uma ideia de como os tablets se encaixam, em larga escala, numa universidade brasileira. [Estácio via O Globo via EuAndroid via Marcelo Eduardo]

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