Usando um tablet com Android 3.0, o primeiro concorrente real do iPad

O Android 3.0 rodando no tablet Xoom, da Motorola, funciona redondinho. É assim que um tablet com Android deve ser – um pouco parecido com o iPad, o único tablet com real sucesso até então. Finalmente um concorrente de verdade. Já era possível perceber que o Xoom rodando o Android 3.0 era rápido só pelos vídeos demonstrativos, […]

Android 3.0 rodando no tablet Xoom, da Motorola, funciona redondinho. É assim que um tablet com Android deve ser – um pouco parecido com o iPad, o único tablet com real sucesso até então. Finalmente um concorrente de verdade.

Já era possível perceber que o Xoom rodando o Android 3.0 era rápido só pelos vídeos demonstrativos, mas só usando-o de verdade dá para sentir que ele tem boa resposta e é amigável o suficiente para concorrer com o iPad. Ele realmente passa a sensação de ser um tablet criado para pessoas que preferem a interface do Android em comparação ao iOS.

A troca de aplicativos é feita por um botão virtual que exibe os últimos 5 aplicativos usados numa coluna. Clicar significa ir direto ao aplicativo num formato que é no mínimo rápido, se não mais rápido do que a troca de apps no iPad. Foi preciso chegar até o 3.0 para o Google criar uma interface de usuário explicitamente desenhada para tablets, e a primeira investida parece o bastante para convencer muita gente a comprar um tablet nos próximos tempos.

Todos os aplicativos foram modificados para utilizar toda a tela do tablet. O Gmail tem duas colunas, uma para a lista de mensagens e outra para o e-mail que você está vendo na hora. O Gtalk é parecido, com uma lista de contatos na esquerda e a janela atual na direita. Já o YouTube tem muito mais miniaturas de vídeos para o usuário ficar passeando, com um sistema em que o vídeo começa a rodar numa janela menor e pode ser maximizado pelo usuário com um toque. Os desenvolvedores fizeram vários testes para descobrir o melhor meio de expandir cada elemento da interface para ficar no tamanho ideal numa tela grande – e para que o usuário possa fazer mais de uma coisa por vez.

Os widgets também foram adaptados, e imagino que as pessoas os usarão bastante. É mais fácil usá-los numa telona do que ficar abrindo e fechando o menu de aplicativos naquele formato quadradão, a não ser que você queira mesmo se focar em uma só coisa. Ter widgets do calendário, de sua caixa de e-mail, da loja de aplicativos e de suas conversas abertos e visíveis de uma só vez dá a sensação de poderes multitarefa dignos de um desktop. E quando quiser entrar em algo, é só clicar para abrir o aplicativo em si. Tudo é muito rápido e suave.

Toques sutis para, por exemplo, expandir as notificações e a performance gráfica sensivelmente melhorada na área de elementos 3D são boas razões para entender por que o Android 3.0 está longe de ser qualquer coisa.

Todos os problemas que encontramos em tablets rodando Android 2.2 devem ser resolvidos, ou no mínimo reduzidos. Ele é muito mais rápido, tem uma resposta muito melhor e consegue atingir um nível de sofisticação necessário para não deixar o usuário enfurecido durante o uso.

Mesmo o Google não falando uma palavra sobre a possível presença do Android 3.0 nos smartphones com o sistema, fica claro que trata-se de um grande passo para os tablets com Android. Se você cogita comprar um iPad, ou já está esperando o iPad 2, fica o recado: vale a pena dar uma conferida no Xoom antes de fazer a escolha final.

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