Vacina contra o zika deve chegar apenas em 2019, segundo o ministro da Saúde

Fiocruz está fechando parceria com a GE Healthcare para a fase final da produção da vacina

O ministro da Saúde, Ricardo Barros, e o secretário de Saúde dos Estados Unidos, Tom Price, se encontraram nesta segunda-feira (25), em Washington, durante reunião da Organização Panamericana de Saúde, e um dos assuntos tratados na conversa foi o combate ao zika. Mais especificamente, o andamento da vacina para combater o vírus. A previsão é que a vacina só esteja disponível para a população em 2019.

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Em declarações publicadas pela Folha de S.Paulo, Barros afirma ter pedido a Price que acelerasse o processo de produção da vacina, que será desenvolvida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) em parceria com as Universidades do Texas e de Washington, além do NIH (National Institutes of Health) e, agora, a GE Healthcare. “Penso que em dois anos podemos ter um resultado positivo, mas evidentemente depende da evolução dos testes clínicos da fase três [referente a testes em humanos]”, afirmou o ministro.

Os testes da vacina com macacos e camundongos terminaram recentemente, de forma positiva, possibilitando a identificação de possíveis sequelas da vacina que não foram detectadas anteriormente, como esterilidade. Os resultados foram publicados no último dia 22, na Nature Communications. Foi diante desse avanço e do acordo sendo tecido com a GE Healthcare que Barros reforçou o pedido por maior agilidade daqui por diante.

É justamente na fase três, a próxima do processo, que entra a GE Healthcare, que está finalizando o contrato com a Fiocruz. É neste momento que começa a produção das vacinas a serem testadas em humanos, passo final antes da liberação para a população em geral. Para isso, serão necessários dois anos, embora Ricardo Barros afirme que essa é uma projeção conservadora e que esforços serão feitos para agilizar mesmo esse prazo.

Apesar de dizer que não há previsão orçamentária pelo fato de o acordo não ter sido finalizado com a GE Healthcare, o ministro afirmou que “os valores são muito modestos”. “O desenvolvimento feito pelo Instituto Evandro Chagas teve custo muito baixo para o Brasil, mas temos parceiros e vamos continuar investindo para que a gente consiga terminar a vacina”, disse, em declaração publicada pelo Valor.

[Folha, Valor]

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