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Vai viajar? Saiba como usar o plano de dados do seu smartphone (bem) longe de casa

Acabei de chegar de uma viagem longa e infelizmente tive o meu celular roubado. Antes disso, porém, tive a experiência de ter que me virar para continuar usufruindo dos prazeres da internet no seu bolso em qualquer lugar do mundo. Se você está planejando uma viagem, talvez possa achar esse conhecimento útil. Dica 1: Não […]

Acabei de chegar de uma viagem longa e infelizmente tive o meu celular roubado. Antes disso, porém, tive a experiência de ter que me virar para continuar usufruindo dos prazeres da internet no seu bolso em qualquer lugar do mundo. Se você está planejando uma viagem, talvez possa achar esse conhecimento útil.

Dica 1: Não seja roubado

Se o seu smartphone for roubado, você não vai conseguir acessar a internet dele. Então não deixe que isso aconteça. Em qualquer área com alta concentração de turistas você está correndo um risco razoável – até maior do que na maior parte do Brasil – de ter seus bolsos invadidos por mãos alheias. Então não descuide. OK, eu trapaceei, e isso não tem tanto a ver com o assunto de plano de dados, mas a dica não deixa de ser importante. A mais importante.

 

Dica 2: Pergunte-se se você realmente precisa de conexão o tempo todo

A sua primeira resposta pode ser dizer que sim, instintivamente, porque você está acostumado a um gordo plano de dados na sua cidade ou estar o tempo todo no Wi-Fi, e acha que não vai conseguir viver sem. Mas talvez você consiga, como eu acabei descobrindo que consigo – e eu era bastante viciado no meu iPhone, o tempo todo no Twitter, Instagram etc.

Não importa se você vai ficar em hotéis, albergues (hostels) ou em casa de amigos: se você for para Europa ou EUA, há chance é gigantesca de que vai haver Wi-Fi lá. No máximo você vai precisar pagar uma pequena taxa para usar, mas isso é bem raro e costuma ser barato. Em boa parte dos casos, esse Wi-Fi é suficiente. Isso sem falar nos hotspots que você encontra em cafés, restaurantes e até mesmo em locais públicos como parques ou estações de trem, dependendo da cidade onde você estiver. Dar aquela atualizada nos amigos e na família pelo Facebook, fazer ligações por Skype, subir as fotos, para nada disso você absolutamente precisa de 3G o tempo todo.

Mas algumas pessoas realmente precisam, ou querem muito, conexão constante. E em alguns casos ela realmente ajuda bastante. Então vamos à…

 

Dica 3(G): Faça planos de dado pré-pagos nas operadoras locais

É meio complexo, mas é o melhor jeito. Ao chegar no local da sua viagem, procure as operadoras locais, mostre o seu smartphone ou aparelho móvel e diga que você quer um plano pré-pago para poder utilizar 3G nele – mesmo que você não tiver muito traquejo com a língua, os gestos costumam ser suficientes. O preço varia muito de lugar para lugar, mas em Portugal eu paguei pouco menos de 15 Euros (R$ 36) por um plano de 600MB com velocidade até que bastante razoável.

Essa informação de preços é difícil de conseguir procurando no Google e nos sites das operadoras. Se você achar alguém absolutamente alheio aos gestos e inglês, pode ser complicadinho. Mas existe um atalho inusitado: o site da Apple. É um lugar estranho para procurar, mas funciona. Basta selecionar o site da Apple do país em que você estiver – o endereço é sempre www.apple.com/[sigla do país] – e ir até a página de compra do iPad, onde você pode comparar os preços dos diferentes modelos. A de Portugal é esta aqui, por exemplo. Junto aos preços dos modelos com 3G, você vai encontrar informações sobre os provedores de plano de dados daquele país, já com os preços.

Sendo um site de terceiros, a informação pode estar desatualizada, e nem todos os sites da Apple possuem essa informação (o do Brasil é um dos que não têm), mas geralmente é um bom ponto de partida.

Os planos mensais mais baratos, ao menos ao meu ver, não parecem valer a pena. Para os planos médios ou mais caros, você pode esperar gastar cerca de 30 Dólares/Euros, ou 20 Libras, por mês. Variando em até 50% para mais ou para menos, dependendo da operadora.

Lembre-se também de guardar com muito cuidado o seu SIM Card da operadora atual, para usar na volta. É um aviso óbvio, mas eles são bem fáceis de perder. Se o seu aparelho não for desbloqueado, há guias abundantes no Google para digitar o código certo ou fazer a macumba necessária. Se você não tem paciência de seguí-lo, entre no site FastGSM, pague 20 dólares, siga as instruções e seja feliz.

 

Dica 4: Mapas offline

Se você está pensando em contratar um plano de dados unicamente porque precisa de mapas para não se perder no vasto desconhecido do seu destino, saiba que há um meio termo que pode te fazer mudar de ideia: os mapas que funcionam offline.

No Android, o app do Google Maps ganhou o recurso de cache recentemente. Você precisa habilitá-lo no Labs do aplicativo. Antes de viajar (ou em qualquer lugar com conexão), basta procurar o local que vai visitar e dar um toque longo na região. Assim, o Google Maps armazena para uso offline uma boa área ao redor do ponto selecionado. Outras opções interessantes para Android são o MapDroyd (Grátis) e o Locus (US$ 4, com versão grátis).

No iOS, o recurso de mapas offline não existe no app do Google Maps, mas há aplicativos que usam o OpenStreetMap para o mesmo fim. Dois que eu testei foram o Cartographer (iPhone – US$ 4) e o Galileo (iPad – Grátis, com recursos bloqueados por in-app purchases). No primeiro, você “desenha” a área que quer baixar para uso offline e define quantos níveis de zoom precisa. Já o Galileo é mais simples: ele vai armazenando automaticamente cada pedaço de mapa que você visualizar, no nível de zoom que você visualizar. Ou seja: viu uma vez online, pode ver de novo offline.

E é bom lembrar que o sistema de localização GPS funciona sempre de maneira independente do plano de dados (menos em Modo Avião). Mesmo que você não esteja online de maneira alguma, ainda pode checar a sua localização nos mapas offline – só não vai conseguir calcular rotas. Bem melhor que aqueles mapas de papel enormes.

 

Dica 5: Roaming de dados dentro do país é gratuito

Se a sua viagem for para dentro do Brasil mesmo, não se preocupe com o roaming de dados. Seja Claro, TIM, Oi ou Vivo, é possível continuar usando o 3G sem cobranças adicionais – diferente das ligações, que muitas vezes incorrem taxas por serem feitas e/ou recebidas fora da rede original a qual pertence o seu telefone. Na últimas que eu estive em outro estado, gastei muito menos fazendo as minhas ligações com créditos Skype.

Espero que estas dicas ajudem as suas próximas viagens a serem mais conectadas.

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