Nova variante do coronavírus é encontrada na África do Sul e preocupa cientistas britânicos

Cientistas do Reino Unido estão preocupados com a rapidez do contágio e da eficácia das vacinas para esta nova cepa.
Foto: Reprodução/Visual Science
Foto: Reprodução/Visual Science

Uma nova variante do coronavírus descoberta na África do Sul que pode ser mais infecciosa do que o vírus original. Nomeada de 501.V2, oferece mudanças pequenas no código genético do vírus SARS-CoV-2 durante a sua replicação, que acontece durante o processo de infecção e contaminação.

As informações foram obtidas por Robert Peston, editor político da ITV, que conversou com um consultor científico não identificado do governo britânico. A notícia repercutiu mundialmente após o crescimento nos números de casos em diversos países, alguns deles com campanhas de vacinação já iniciadas.

Normalmente, as variantes não destoam drasticamente do vírus original, mas podem sofrer alterações que irão afetar a forma de contágio e como aqueles que o contraíram vão lidar com sua nova mutação.

Peston diz que esta nova cepa preocupa diversos especialistas, pois sua disseminação ocorre de maneira mais rápida e as vacinas desenvolvidas podem não ser eficazes em sua erradicação.

A 501.V2 tem uma mutação conhecida como E484K. De acordo com o professor Francois Balloux, do University College London, essa alteração ajuda a reduzir a capacidade dos anticorpos de reconhecer o vírus. Isso poderia contribuir para driblar a proteção imune conferida por uma vacina ou por uma infecção anterior, ele explica à BBC.

Matt Hancock, ministro da Saúde britânico, disse em entrevista à rádio BBC que está preocupado com esta variante sul-africana e que por isso estão “tomando as medidas de restringir todos os voos da África do Sul”.

A 501.V2 teve início na região ocidental do país, mas foram encontrados casos em outros lugares como Áustria, Noruega e Japão. No Reino Unido foram detectados dois casos, e a partir desta terça-feira (5), o país inicia o seu terceiro lockdown.

Alguns cientistas, incluindo o CEO da BioNTech, Ugur Sahin, e o professor de medicina John Bell, da Universidade de Oxford, alegam que várias análises estão sendo desenvolvidas sobre estas novas variantes e como elas reagem as vacinas, mas que os resultados e os ajustes só poderão ser realizados em cerca de seis semanas.

[O Povo, BBC, UOL, Veja SP]

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