_Paleontologia

Veja os 5 fósseis de dinossauros mais notáveis de 2021

Dinossauro banguela brasileiro, titã australiano e anquilossauro africano: veja alguns dos animais mais notáveis descobertos neste ano.

Uma série de espécies de dinossauros foram descritas em 2021. Todas elas contribuem para a paleontologia de alguma forma. Neste texto, o Gizmodo Brasil selecionou cinco dos dinossauros mais notáveis apresentados ao público neste ano. Confira:

Dinossauro banguela do Brasil

Dinossauro Berthasaura leopoldinae

Imagem: Wikimedia Commons/Reprodução

Em novembro deste ano, cientistas do Museu Nacional, no Rio de Janeiro, apresentaram ao mundo a Berthasaura leopoldinae, uma espécie inédita de dinossauro banguela identificada no Brasil. Os fósseis da espécie encontrados em Cruzeiro do Oeste, no Paraná, foram descritos na revista Nature.

Bertha parece ter vivido entre 70 e 80 milhões de anos atrás, durante o período Cretáceo. Este é o primeiro dinossauro edêntulo (sem dentes) encontrado na América do Sul. Além disso, os achados representam os fósseis mais completos de noassaurídeos conhecidos até o momento. 

Bertha é também o primeiro terópode a receber um nome feminino. Berthasaura homenageia Bertha Lutz, antiga secretária e pesquisadora do Museu Nacional. Enquanto isso, Leopoldinae se refere à imperatriz Maria Leopoldina e também à Escola de Samba Imperatriz Leopoldinense, que usou o Bicentenário do Museu Nacional como tema na Avenida em 2018.

Dinossauro armado do Chile

Imagem: Mauricio Álvarez, Universidad de Chile/Reprodução

Este dino chileno tem suas peculiaridades: para começar, possui altura similar a de um cachorro e uma cauda repleta de ossos laminados, que parece ter sido usada como arma. Seus fósseis também foram descritos na revista Nature.

O Stegouros elengassen, como foi nomeado, parece ter habitado a Patagônia chilena há cerca de 74 milhões de anos, durante o final do período Cretáceo. Os pesquisadores encontraram quase todos os ossos de seu corpo, o que permitiu que eles confirmassem a existência de anquilossauros na América do Sul.

Foram vistas ainda diferenças entre os anquilossauros do Hemisfério Norte e Sul. Os animais do primeiro grupo tendiam a ser maiores, com armaduras mais pesadas e membros mais grossos. 

Titã Australiano 

Imagem: Museu de História Natural de Eromanga/Reprodução

O Australotitan cooperensis representa o maior saurópode já encontrado na Austrália. De acordo com pesquisadores do Museu de História Natural de Eromanga e do Museu de Queensland, ambos na Austrália, o animal pode ter alcançado 30 metros de comprimento e atingido uma massa de 74 toneladas.

Cooper, como foi apelidado, parece ter caminhado sobre a Terra há mais de 90 milhões de anos. Os cientistas encontraram ossos pélvicos, membros e omoplata deste titanossauro praticamente intactos. Os fósseis foram descritos na revista PeerJ

Garça do Inferno

Imagem: Foto publicada no Twitter por Dairen Naish/Reprodução

Paleontólogos da Universidade de Southampton, na Inglaterra, identificaram não um, mas dois espécimes de dinossauros inéditos na Ilha de Wight, Reino Unido. O primeiro foi chamado carinhosamente de “garça do inferno com chifres e cara de crocodilo”, enquanto o segundo recebeu o apelido de “caçador de beira de rio”.

Ambos viveram há cerca de 125 milhões de anos e atingiram cerca de nove metros de altura. Estes animais foram classificados como espinossaurídeos. A diferença entre eles revela que muitos outros dinossauros do tipo podem ter ocupado o Reino Unido no passado. O estudo completo foi publicado na revista Nature.

Primeiro Anquilossauro da África

Imagem: Foto publicada no Twitter por Joschua Knüppe/Reprodução

Pesquisadores encontraram no Marrocos o que pode ser o mais antigo anquilossauro já visto, com 168 milhões de anos. Além disso, este foi o primeiro animal do grupo a ser identificado no continente africano.

Os anquilossauros tinham espinhos embutidos na pele, que não se fundiam aos ossos. Mas o Spicomellus afer, como foi batizado, possuía espinhos que saiam diretamente de sua costela. A pesquisa foi publicada na revista Nature.

Sair da versão mobile