Tecnologia do Google aumenta qualidade de vídeos no YouTube em conexões ruins

A internet está se concentrando mais e mais em vídeos. Você pode fazer duas coisas: ampliar os tubos da internet, e encolher o que passa através deles.

A internet está se concentrando mais e mais em vídeos. Nos horários de pico, só Netflix e YouTube correspondem a metade do tráfego. Esse é um fardo compreensivelmente pesado para os provedores transportarem. O que fazer? Ampliar os tubos da internet, e encolher o que passa através deles.

Codecs de vídeo são algoritmos inteligentes que pegam dados brutos de vídeo e os reduzem a uma quantidade razoável. Cada codec lida com o dilema entre preservar a qualidade de imagem e diminuir o tamanho do arquivo, mas nem todos os codecs são iguais – longe disso, na verdade.

No blog do YouTube para desenvolvedores, o Google explica de forma fácil os benefícios do seu codec de vídeo VP9, ​​a tecnologia usada para transmitir vídeos do YouTube a alguns usuários.

Segundo o Google, o VP9 reduz pela metade o tamanho do arquivo de vídeo: isso significa que se você conseguia transmitir vídeo 480p na sua conexão ruim, agora você pode chegar à resolução 720p.

O Google diz que isso teve um grande impacto no Brasil. Devido à qualidade da nossa banda larga, muita gente precisa assistir a vídeos em resoluções 240p ou inferiores. Mas graças ao VP9, quase 40% desses usuários puderam usar resoluções 360p ou superiores sem mudar a velocidade de internet.

Codec VP9 do YouTube (2) Codec VP9 do YouTube (1)

Assim fica fácil entender por que isso é importante. Mais da metade do tráfego de internet é vídeo; se você pode encolher o tamanho desses vídeos pela metade, você diminui o tráfego total da internet em cerca de 25%. Você teria que cabear muita fibra óptica para obter o mesmo tipo de melhoria.

E, ao contrário de codecs anteriores – que continuam a ser usados – o VP9 é um padrão de código aberto e livre de royalties. Isso significa que a tecnologia é muito mais propensa a ser embutida em navegadores web e smartphones, e utilizada por gigantes de vídeo como o Netflix.

O VP9 começou a ser desenvolvido em 2011, e já é suportado pelo Chrome, Firefox e Opera. Ele também vem embutido em dispositivos Android como o Samsung Galaxy S6, e em TVs da Sony, LG, Sharp e outras. E o Google já prepara um sucessor, chamado VP10. Eles querem lançar codecs cada vez mais eficientes a cada dezoito meses.

Usuários do YouTube já assistiram a mais de 25 bilhões de horas de vídeo em VP9. Em última análise, isso significa menos gastos de infraestrutura para o YouTube, e vídeos que carregam mais rápido para você. [YouTube Developer Blog]

Foto: Alexandra Wyman/Invision for Made With Elastic/AP Images

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