Supercomputador Watson quer compensar falta de médicos nos hospitais

O supercomputador Watson já dispensa apresentações. Ele é tão esperto que derrotou concorrentes humanos em um game-show. Depois, a IBM passou a usá-lo na medicina, e ele já ajuda a diagnosticar pacientes em três hospitais do câncer nos EUA. Mas agora, ele tem uma ambição maior: compensar a falta de médicos nos hospitais americanos. Em […]

O supercomputador Watson já dispensa apresentações. Ele é tão esperto que derrotou concorrentes humanos em um game-show. Depois, a IBM passou a usá-lo na medicina, e ele já ajuda a diagnosticar pacientes em três hospitais do câncer nos EUA.

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Mas agora, ele tem uma ambição maior: compensar a falta de médicos nos hospitais americanos. Em vez de “Mais Médicos”, mais Watson?

De acordo com o The Verge, o supercomputador será usado na Cleveland Clinic ao longo de três anos. O objetivo é fazê-lo analisar o histórico dos pacientes, apontar dados importantes para os médicos, e talvez até mesmo diagnosticar pessoas.

É uma ideia esperta. Os médicos estão sobrecarregados, e podem ficar ainda mais: nos EUA, estima-se que faltarão 45.000 médicos até 2020. Com tantos pacientes para uma só pessoa cuidar, é difícil analisar informações em detalhes, e encontrar algo crítico que aponte para o diagnóstico e a cura.

Ao mesmo tempo, os históricos de paciente são cada vez mais digitais (nos EUA), portanto é mais fácil do que nunca analisá-los via computador. Então, aparentemente, faz sentido aplicar as habilidades de Watson para resolver esse problema.

Por enquanto, o Watson está só analisando prontuários, dando aos médicos um resumo do histórico do paciente – e ele já se provou bastante útil. Segundo o The Verge:

Um exemplo é um paciente que sofre com sintomas semelhantes à apneia do sono. Anos antes, o paciente fez um teste de gasometria arterial que teria confirmado o diagnóstico, mas os resultados dos testes estavam escondidos em uma seção difícil de encontrar do histórico médico. Sem o Watson, [o doutor Neil] Mehta diz que nunca teria visto o resultado.

Claro, nem tudo irá funciona como esperado. A IBM reconhece, abertamente, que prontuários não oferecem dados completos sobre um paciente: os médicos deixam de preencher alguns campos, ou usam termos alternativos que um humano iria entender – mas o computador, nem tanto.

E, claro, é preciso convencer médicos e pacientes de que tudo isso – o Watson fazer o trabalho de um médico – é uma boa ideia. Mas, certamente, vale a pena tentar. [Verge]

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