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WhatsApp vai oferecer bolsas de estudo a quem se dedicar a entender funcionamento de fake news [atualizado]

Atualizado às 17:35 com o link do WhatsApp sobre a iniciativa Dentre as plataformas sociais, o WhatsApp é uma das que têm o maior desafio no combate às notícias falsas. As conversas são criptografadas, privadas, e é difícil acompanhar o rastro das fake news dentro do app de mensagens. Mas a companhia, que pertence ao […]

Logotipo do WhatsApp em um smartphone

Atualizado às 17:35 com o link do WhatsApp sobre a iniciativa

Dentre as plataformas sociais, o WhatsApp é uma das que têm o maior desafio no combate às notícias falsas. As conversas são criptografadas, privadas, e é difícil acompanhar o rastro das fake news dentro do app de mensagens. Mas a companhia, que pertence ao Facebook, quer dar um jeito nisso. E está disposta a oferecer bolsas de estudo para pesquisadores que busquem entender o fenômeno das fake news no aplicativo.

Foi isso que o WhatsApp anunciou nesta terça-feira (3), como parte de um esforço maior de combate às notícias falsas na plataforma, um problema grande sobretudo no Brasil e na Índia, países que já registraram casos de linchamentos devido a rumores espalhados por grupos.

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Segundo o Link, do Estadão, inicialmente serão oferecidas 20 bolsas de estudo no valor de US$ 50 mil. O objetivo principal é que seja investigado o impacto real do compartilhamento de fake news dentro do app. Serão priorizadas pesquisas que tratem as motivações que levam as pessoas a considerar um conteúdo confiável e a compartilhá-lo no WhatsApp durante eleições.

Como as mensagens são criptografadas, haverá também um foco em descobrir maneiras de se identificar comportamentos problemáticos na plataforma. Ao fim das pesquisas, o aplicativo pretende implementar novos recursos que ajudem a mitigar a disseminação de boatos sem prejudicar a privacidade dos dados.

De acordo com o Link, internamente, a empresa entende que não há solução a curto prazo. Fontes ouvidas pelo Estadão disseram que, no Brasil especificamente, os principais focos temáticos estão ligados a saúde e eleições.

Com 120 milhões de usuários, o Brasil não é o maior mercado do WhatsApp no mundo. Este posto fica com a Índia (200 milhões), onde uma onda de linchamentos — com o mais recente deles acontecendo no domingo (1) — levou o Ministério de Eletrônica e Tecnologia da Informação a pedir, nesta terça-feira (3), que a empresa aja para remediar o problema. Em resposta, a companhia afirmou que o esforço precisará acontecer em conjunto, com governo e sociedade.

Por lá, a promessa do WhatsApp foi de que, em breve, começarão a “publicar novos materiais educacionais sobre desinformação e a conduzir nossas oficinas de alfabetização”.

Apesar de não conviver exatamente com uma onda de linchamentos por causa do WhatsApp no momento, o Brasil, que já viu casos do tipo e que, ainda por cima, tem eleições à vista, poderia se beneficiar de tais oficinas também.

[Estadão, Reuters]

Imagem do topo: AP

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