Windows Phone 7.5: ser o segundo melhor não é nada mau

A diferença crucial em comparação ao iOS e ao Android, e que está mais presente ainda no 7.5 (que nominho), é que o Windows Phone pode ser considerado um sistema anti-apps. Sim, parece meio estúpido que um smartphone em 2011 não tenha integração completa com Twitter e Facebook, já que o uso de redes sociais […]

A diferença crucial em comparação ao iOS e ao Android, e que está mais presente ainda no 7.5 (que nominho), é que o Windows Phone pode ser considerado um sistema anti-apps. Sim, parece meio estúpido que um smartphone em 2011 não tenha integração completa com Twitter e Facebook, já que o uso de redes sociais é bem intrínseco à experiência móvel, mas é um passo a frente na discussão. Você quer usar o Yelp? Há o Local Scout. Quer usar o Shazam ou outro app de busca visual? Há o Bing, que quase substitui completamente os concorrentes (e o Bing ainda o envia para um app caso ele ache útil.) Mensagens de Facebook? Integrado também. A Microsoft substituiu com quase pleno sucesso os apps por opções nativas do aparelho, como na hora de mostrar os feeds de Facebook do Twitter ou as fotos de amigos, que ficam no centro de todo o Windows Phone. O efeito estranho da proposta é que quando você precisa usar um app específico para, por exemplo, fazer algo social como ver uma conversa no Twitter ou dar um check-in no Foursquare, a sensação é que o telefone fica triste, principalmente porque a velocidade dos apps de terceiros no Windows Phone ainda têm uma lentidão bem visível em comparação aos apps nativos.

Mas sabe o que realmente chama a sua atenção durante o uso? A sensação de que nada está faltando por aqui, algo comum antes.

Gostamos

A interface do Windows Phone continua passando uma sensação diferente e nova e veloz e refrescante, e eu fico impressionado em pensar que não estou enjoado dela após um ano. Ainda há a sensação de um preview de algo maior que está por vir, mas que ainda não chegou. Talvez pela falta da sensação de inevitabilidade simples, como no iOS.

As Live Tiles, as pequenas telhas que começam a viver da forma que foram prometidas. É só passar o olho na tela para saber se alguém me mencionou no Twitter com a nova telha “Eu”, mas ela não fica colada na minha cara, requerendo atenção imediata, como acontece no iOS. E a integração do Twitter é bem excelente — apesar de em alguns momentos parecer que ainda precisa de ajustes — principalmente porque você pode filtrar listas e contatos de suas redes socials no hub People.

O People Hub com Groups e mensagens. Apesar de desejar que a parte de mensagens tivesse mais opções para as pessoas — há apenas o Facebook, Live Messenger e SMS — ele organiza e integra as mensagens de forma mais natural e completa do que no iOS 5, onde as mensagens parece um SMS glorificado, principalmente no contexto do People Hub. Eu entro no Gizmodo Group, onde as telhas de todas as pessoas ficam agrupadas e cada uma delas mostrando quantos e-mails/mensagens eu tenho deles. Eu posso ir além e ver todo meu histórico de comunicação com um amigo, seja por e-mail, SMS ou Facebook. Ou eu posso configurar a exibição dos feeds de fotos/Facebook/Twitter do grupo todo. Ele funciona muito melhor do que qualquer outra tentativa social em smartphones porque ela é unificada, e não agrupada de forma atabalhoada.

O que eu mais gosto no Windows Phone, na verdade, é que ele é o único smartphone além do iPhone que passa a sensação de ter tudo bem integrado, da interface aos apps nativos para a experiência como um todo.

Não Gostamos

Bem, várias coisas ainda não estão funcionando direito. Como postar no Twitter usando o feed nativo. Ele engoliu cada uma das minhas tentativas de tuitar. Talvez eles estejam mergulhados em éter, e aparecerão aleatoriamente na timeline, fazendo com que eu pareça um idiota. Eu sei lá o que vai acontecer! Qualquer app que não foi atualizado para multitarefa demora uma eternidade para fechar. (O que significa que, atualmente, quase todos fazem isso.) E eu ainda não consigo ouvir músicas do Rdio tocando em background.

O cliente do Zune piora a cada momento, pelo menos no quesito sincronia com outros apps do telefone. O novo App Marketplace baseado no navegador está mais veloz e mais simples para encontrar os apps. Mas não posso esquecer de mencionar: o novo app para conexão com o Mac praticamente assassinou nosso computador.

Eu queo mais serviços integrados, como Foursquare e Google Talk, pelo menos. É preciso ser mais fácil adicionar novos serviços assim que eles surgirem no radar, já que toda vez que eu precisava abrir um app para um serviço que é um feed de notícias ou check-in — Facebook, Twitter ou Foursquare — eu sinto que o Windows Phone falhou um pouco em sua missão.

Pequenos detalhes. O botão de voltar é um oceano de confusão preso em uma pequena seta. Você nunca sabe muito bem para onde ele irá levá-lo. Por que não é fácil um screenshot? Se um contato tem vários números, você não consegue ver de qual ele está escrevendo no app de mensagens. A duração de bateria parece ter ficado sensivelmente pior do que a versão anterior — para quem estava acostumado com um dia de duração de bateria, agora em dois terços de dia, no máximo, eu já preciso colocá-lo na tomada. E há definitivamente mais problemas de travamento e congelamento, algo que eu nunca tinha visto no Windows Phone original.

Eu devo comprar um?

Se você não quer um iPhone, essa é a opção mais real do momento, a não ser que você já saiba que quer um Android. Digo, para não-nerds, esse é o único sistema que eu os recomendaria se eles não quisessem um iPhone. Ele ainda não é melhor que o iOS. Mas está perto disso. E ele é diferente e excelente de forma legítima.

Dito isso, eu esperaria um pouco para ver a série de novos aparelhos, principalmente da Nokia, já que nenhum dos aparelhos com Windows Phone atuais são muito incríveis. O Windows Phone pode estar ainda no segundo lugar, mas francamente, para quem esteve de fora por tanto tempo, isso é bom o bastante.

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