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Wuhan, a cidade onde surgiu o coronavírus, relatou zero pacientes hospitalizados por COVID-19

Autoridades chinesas disseram que Wuhan, a cidade que registrou os primeiros casos do coronavírus em dezembro, não tem pacientes internados com COVID-19.

Clientes esperam em um shopping center em Wuhan, China, no dia 25 de abril

Clientes esperam em um shopping center em Wuhan, China, no dia 25 de abril. Imagem: Getty

Autoridades chinesas disseram neste domingo (26) que Wuhan, a cidade que registrou os primeiros casos do coronavírus em dezembro, não tem pacientes internados com COVID-19. A notícia chega três meses depois de a cidade, com 11 milhões de habitantes, ter entrado em lockdown – a quarentena obrigatória.

Segundo o New York Times, Mi Feng, porta-voz da Comissão Nacional de Saúde da China, disse que o próximo passo era continuar a se proteger contra transmissões externas e “rebotes internos”. A China relaxou o lockdown de Wuhan em 8 de abril, permitindo que os residentes retomassem uma vida normal.

A nova normalidade está repleta de restrições, como verificações de temperatura e limites de deslocamento, para evitar que os casos surjam e cresçam novamente.

As autoridades disseram que no sábado que a cidade tinha 12 casos de COVID-19, mas nenhuma nova infecção. A China relatou 11 novos casos de coronavírus no país no dia anterior.

Segundo o NYT, no total, foram 46.452 casos e 3.869 mortes causados pelo novo coronavírus em Wuhan, até este último domingo. Entretanto, os críticos dizem que o número é maior.

Especialistas em saúde e governos acusaram a China de minimizar os casos na região e disseram que isso tornou mais difícil para outras nações entenderem e se prepararem para a doença. Um estudo publicado recentemente revelou que mais de 232 mil pessoas podem ter sido infectadas pelo COVID-19 na China no final de fevereiro. No total, há atualmente 83.909 casos notificados na China. A subnotificação, porém, não é exclusividade do país asiático.

O relaxamento do lockdown de Wuhan foi comemorado na China. As autoridades fizeram um show de luzes ao lado do Rio Yangtze e projetaram imagens de profissionais de saúde em arranha-céus e pontes, segundo a agência de notícias AP. Os cidadãos agitaram bandeiras e cantaram o hino nacional da China. Milhares de pessoas embarcaram em trens e aviões saindo da cidade.

Não há dúvida de que países ao redor do mundo irão observar Wuhan de perto enquanto a cidade passa por esse movimento de relaxamento da quarentena obrigatória. Na Europa, dois dos países mais duramente atingidos, Itália e Espanha, estão planejando afrouxar suas medidas de quarentena nas próximas semanas.

Enquanto isso, no Brasil, alguns governadores e prefeitos anunciaram planos para o relaxamento da quarentena. O País tem 61.888 casos confirmados e 4.205 mortes.

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