Xiaomi apresenta CyberDog, cão-robô no melhor estilo Boston Dynamics

Apenas mil unidades foram fabricadas. Cão cibernético tem código aberto e um mini supercomputador em seu interior.
Imagens: Xiaomi/Divulgação

Você certamente já deve ter visto ou lido a respeito dos robôs da Boston Dynamics que, inclusive, já vende uma versão — o Spot — a empresas e consumidores cheios da grana. Mas agora ela não é a única a investir nesse tipo de máquina, e ganhou uma concorrência de peso: a Xiaomi, que apresentou nesta terça-feira (10) o CyberDog, um cão robótico equipado com um supercomputador capaz de analisar ambiente em tempo real para lidar com diversos obstáculos.

Visualmente falando, o CyberDog é idêntico ao Spot da Boston Dynamics. Trata-se de um robô quadrúpede com código open source, o que significa que qualquer pessoa poderá programar e desenvolver aplicações para funcionarem no “animal”. Inclusive, esse é um dos principais apelos da Xiaomi quanto ao produto, pois espera que isso incentive mais pessoas no aprimoramento do robô. Por conta disso, as vendas ainda não foram liberadas para o público em geral; apenas desenvolvedores podem adquirir o cão-máquina, que custa o equivalente a R$ 8 mil.

“Também será estabelecida a ‘Comunidade de Código Aberto da Xiaomi’ para compartilhar constantemente o progresso e os resultados com desenvolvedores em todo o mundo. Prometemos estabelecer um laboratório de robótica para fornecer uma plataforma para os engenheiros continuarem a buscar inovações futuras”, afirma a Xiaomi em comunicado.

Hardware de última geração

Claro que, para simular os movimentos de um cachorro de carne e osso, a Xiaomi se desdobrou para colocar peças robustas na parte interna do cão cibernético. Não só isso: o desenvolvimento é feito em parceria com o Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) e a Intel.

Então vamos lá. O CyberDog possui um processador Jetson Xavier NX da Nvidia com inteligência artificial, 384 núcleos CUDA, 48 Tensor Cores, uma CPU ARM 6 Carmel, 128 GB de SSD, três portas USB tipo C, uma entrada HDMI e dois mecanismos específicos para aprendizado profundo de máquina (NVDLA). Ao todo, são 11 sensores de movimento, entre GPS, câmeras e componentes ultrassônicos, para captar qualquer movimento no entorno do cão-robô. Segundo a fabricante, ele pode fazer 21 trilhões de operações por segundo. É literalmente um mini supercomputador dentro do CyberDog.

Outras especificações de ponta incluem uma lente grande angular olho de peixe para que o robô observe o mundo mesmo a grandes distâncias, um módulo de profundidade Intel RealSense D450 para ler sons e imagens, sistema de mapeamento instantâneo (SLAM) para analisar objetos. Os donos do robô ainda têm a possibilidade de controlá-lo via assistentes de voz, embora a Xiaomi não tenha fornecido detalhes de como isso funcionaria na prática.

Quanto ao movimento, o CyberDog utiliza um conjunto de motores servo com poder de torque de 32 Newtons por metro (N/m) com 220 rotações por minuto (RPM). A Xiaomi diz que, a partir dessa configuração, o cão cibernético pode atingir movimentos em velocidades de 11 km/h, o que permite que ele faça uma corrida leve ou até dê cambalhotas, igualzinho aos robôs da Boston Dynamics.

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Preço e disponibilidade

Neste primeiro. Momento, apenas mil unidades do CyberDog serão produzidas e terão como prioridade desenvolvedores que desejam trabalhar com a plataforma — também será exigido que eles residam na China. Cada unidade custa 10 mil iuanes, o que dá cerca de R$ 8 mil na conversão atual. Para efeito de comparação, o cão-robô Spot, da Boston Dynamics, também tem produção limitada, mas custa US$ 70 mil (R$ 365 mil).

[Xiaomi]

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