Xperia Play puxa o carro de novos Androids da Sony

A Sony anunciou um pacotão de novidades em evento hoje, em São Paulo, com um intuito curioso: juntar todas as suas marcas, que costumam ser tratadas separadamente, em uma só, a Sony United. Por isso, Magnus Anseklev, presidente da Sony Ericsson no Brasil, esteve no palco para falar um pouco sobre o Xperia Play e […]

A Sony anunciou um pacotão de novidades em evento hoje, em São Paulo, com um intuito curioso: juntar todas as suas marcas, que costumam ser tratadas separadamente, em uma só, a Sony United. Por isso, Magnus Anseklev, presidente da Sony Ericsson no Brasil, esteve no palco para falar um pouco sobre o Xperia Play e anunciar outro punhado de aparelhos. Nós conferimos todos e temos vários pitacos. Vem com a gente.

Xperia Play

Quando foi chamado ao palco, Anseklev não se levantou. As luzes procuravam o executivo, que percebeu o vacilo, caminhou até o palco e brincou, dizendo que estava distraído jogando Asphalt 6 no Xperia Play. Tudo bem, nós entendemos. Ele não deu muitos detalhes sobre o aparelho, mas os poucos merecem destaque: disse apenas que ele será produzido no Brasil, chegará no segundo semestre, terá 6 jogos pré-carregados e mais 80 disponíveis para download.

Após a apresentação, tivemos a oportunidade de brincar com o Play. E, infelizmente, nossas esperanças de que uma plataforma tão diferente pudesse ser um sucesso foram por água abaixo. Apesar do design completamente novo, com os controles do Playstation em teclado deslizante, o aparelho decepciona. O próprio desenho é cheio de poréns: para colocar todas as teclas, o Play engorgou demais e fechado parece um celular bem retrógrado. O acabamento em plástico também não empolga, e com as teclas de jogo aberta, não é tão fácil assim apertar os botões superiores — o clássico R1 e L1.

Com o aparelho ligado, as coisas não melhoram: a tela não tem resposta tão precisa, há uma sensível lentidão para carregar os jogos e, por incrível que pareça, a Sony não foi capaz de colocar grandes títulos chamativos no Play. Aliás, o único jogo licenciado oficialmente pela empresa é o Crash Bandicoot 1, do Playstation 1. O resto são jogos de desenvolvedores, e parte deles já está presente em outros aparelhos com Android — como o Asphalt 6 que distraiu o executivo, que pode ser comprado na loja da Gameloft e roda sem problemas em aparelhos mais atuais, como o Nexus S.

E, bem, o Play ainda quer ser um celular, não é mesmo? Para colocar uma plataforma de jogos, o Android e ainda uma customização por cima, não há processador que aguente, mesmo tendo 1GHz. A fluidez na troca de telas e abertura de aplicativos não é a mesma encontrada em Androids atuais. Somando todas as dificuldades do Play, a estratégia do aparelho parece equivocada — e a opinião ecoa em reviews] internacionais. Mesmo assim, queremos passar mais algum tempo com o aparelho para darmos nosso veredicto final. Ele deve chegar apenas no segundo semestre, com “preço acessível”, segundo o executivo. Veremos.

E o resto da família

Mais reais do que seu irmão híbrido, mais quatro aparelhos foram anunciados. O Xperia Arc, que já está no mercado há algumas semanas, o Xperia Neo, e as novas versões dos smarpthones diminutos da empresa, o Xperia Mini e o Xperia Mini Pro. Entre as presenças garantidas em todos os aparelhos, alguns altos e baixos: Android 2.3, processador na casa dos gigahertz, multitoque (com movimento de pinça para exibir todas as telas iniciais) e… redesenho da Sony Ericsson.

O Arc é o topo de linha da empresa — e também o primeiro smartphone com Android 2.3 no Brasil. Ele já está à venda por R$1.699, em um pacote que inclui um cartão microSD de 16GB. Ele também vem com o redesenho da Sony Ericsson — mas nada que um bom Launcher não resolva. Em uma teste rápido, o aparelho se mostrou bem veloz, mas o acabamento em plástico na parte traseira não passou muita confiança.

O Xperia Neo deve ser o segundo na hierarquia dos robôs da Sony Ericsson. O aparelho tem processador de 1GHz, câmera de 8MP filmando em 720p, Android 2.3 e saída HDMI, com cabo incluso no pacote. A tela tem 3,7 polegadas e seu design é um pouco menos descolado do que o Arc. Ele deve chegar para disputar mercado com o Defy, aparelho da Motorola que anda fazendo bastante sucesso por seu preço intermediário e configuração de respeito. Apesar de não ter preço confirmado — nem lançamento exato — nós já sabemos que o Neo custará na faixa dos R$1.100.

Na parte de baixo da tabela, mas também muito importantes para um mercado que gosta muito de celulares de baixo custo, a Sony Ericsson atualizou o X10 mini e o X10 mini pro: agora eles são apenas o Xperia Mini e o Xperia Mini Pro. Diminuindo as bordas da parte frontal, o aparelho ganhou 0,4 polegadas de tela (de 2,6 para 3) sem aparentar aumento no tamanho. A construção também melhorou, e por dentro os aparelhos têm agora processador de 1GHz, Android 2.3, 512MB de RAM e um novo formato de disposição de apps: se antes os cantos eram usados como atalhos para quatro apps, agora cada canto agrupa até quatro ícones, aumentando a capacidade para 16 apps por página, mesmo em 3 polegadas.

Como na versão anterior, o Xperia Mini Pro difere apenas na parte do teclado físico — que também rende uma espessura maior. Os aparelhos ainda não tem data exata de chegada ao mercado, nem preço estimado, mas apostamos em algo próximo do lançamento da primeira geração (R$799 e R$899). E então? O que acharam da nova família de robôs da Sony Ericsson?

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