YouTube diz que estamos vendo mais vídeos na web (e mais publicidade também)

Na mesma semana em que uma pesquisa revelou que um YouTuber é a personalidade mais influente no Brasil entre jovens de até 34 anos, o YouTube liberou outros dados que mostram que o consumo de vídeos online cresceu exponencialmente nos últimos três anos no País. Realizada pelo Instituto Provokers e apoiada pelo Google, a pesquisa […]

Na mesma semana em que uma pesquisa revelou que um YouTuber é a personalidade mais influente no Brasil entre jovens de até 34 anos, o YouTube liberou outros dados que mostram que o consumo de vídeos online cresceu exponencialmente nos últimos três anos no País. Realizada pelo Instituto Provokers e apoiada pelo Google, a pesquisa aponta que a média de horas assistidas de vídeos na internet por semana passou de 8,1 em 2014 para 15,4 em 2017, quase o dobro – os números indicam ainda que estamos assistindo mais TV (de 21,9 para 22,6 horas semanais).

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Em um evento realizado nesta quarta-feira (13), em São Paulo, o YouTube apresentou a salada de números que confirma uma experiência praticamente empírica dos brasileiros: estamos passando mais tempo assistindo a vídeos no YouTube, WhatsApp, Facebook e Netflix. Os dados foram coletados em julho de 2017 com 1.500 participantes, homens e mulheres entre 14 e 55 anos – amostragem relativamente pequena para falar de Brasil. A maior parte dos números revelados pelo YouTube mostra o cenário internet x TV: 56% dos entrevistados disseram que já passam mais tempo assistindo a vídeos na internet do que na TV; 74% disseram não ter intenção de assinar um plano de TV a cabo; e 83% buscam na web conteúdos em vídeo que não estão disponíveis na TV.

Um dado curioso da pesquisa diz respeito aos meios preferidos das pessoas para assistir a vídeos “do seu interesse”, ou seja, onde elas vão para achar exatamente o que querem. O YouTube lidera com 42%, seguido do WhatsApp com 20%, Netflix em 15% e Facebook com 8%. TV Paga e TV Aberta seguem o bonde, com 7% e 6%, respectivamente. O engraçado é que a pergunta fala sobre autonomia de consumo, e uma das preferências é um aplicativo no qual o vídeo chega de forma passiva e que nem se propõe em oferecer vídeo em primeiro lugar: o WhatsApp.

Maria Helena Marinho, diretora de insights e pesquisas, destacou ainda que 87% das pessoas disseram estar conectadas à internet enquanto a TV está ligada e enfatizou que “audiência não é igual à atenção”. Esse é um dado que tenta convencer os anunciantes. E, bem, você já pode ir se preparando para consumir mais publicidade na internet. Pouco depois, Nathalia Iervolino, diretora de soluções de marca, explicou brevemente o que é o Google Preferred: uma plataforma para anunciantes que reúne os canais mais fortes do YouTube, divididos em 12 nichos. A influência é medida pelo tempo médio de visualização dos conteúdos, a quantidade de curtidas, compartilhamentos e comentários, além da taxa de retorno da audiência.

E entre esses canais mais influentes, as marcas podem realizar campanhas mais direcionadas e em dois formatos especiais: anúncio de seis segundos não pulável e um outro que pode causar arrepios em quem tem muita ansiedade para começar a assistir um vídeo, o anúncio de 15 segundos também não pulável. Isso não quer dizer que você não terá mais a opção de passar os anúncios – são pouco mais que mil canais dentro da plataforma Preferred – mas esse é o sintoma da plataforma que abocanha boa parte da audiência do conteúdo audiovisual gratuito na internet: mais atratividade para os anunciantes e ferramentas que ajudem a converter com mais eficiência, empurrando publicidade para o espectador – pelo menos enquanto não surge um modelo de assinaturas no Brasil, como o YouTube RED. Por falar dele, não há previsão para que o produto chegue ao País, mas segundo o Google, “está no radar”.

Imagem do topo: Fabio Coelho, presidente do Google Brasil, durante o evento YouTube Brandcast. Crédito: Google/Divulgação

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