YouTube vai destacar verificação de fatos e financiamento de canais para combater fake news

O YouTube anunciou que disponibilizará novas ferramentas no Brasil em mais uma tentativa de combater as fake news e teorias da conspiração que se espalham por sua plataforma. A grande novidade são os painéis de informação, que aparecem quando o usuário faz uma busca. Os painéis de informação ficam logo acima dos resultados de uma […]

O YouTube anunciou que disponibilizará novas ferramentas no Brasil em mais uma tentativa de combater as fake news e teorias da conspiração que se espalham por sua plataforma. A grande novidade são os painéis de informação, que aparecem quando o usuário faz uma busca.

Os painéis de informação ficam logo acima dos resultados de uma busca, com cor destacada. Eles classificam de uma maneira bem direta se uma informação que está sendo pesquisada é verdadeira ou falsa. Em um dos exemplos mostrados pelo blog do Google Brasil, o usuário fez uma busca por “água de abacaxi”. Nos resultados aparecem muitos vídeos dizendo que a água de abacaxi cura o câncer, mas, logo acima deles, um painel traz a checagem de fatos do Aos Fatos dizendo que isso é falso.

O YouTube diz que, hoje, tem como parceiros Estadão Verifica, Boatos.org, Aos Fatos, Agência Lupa, UOL Confere, AFP Checamos e Projeto Comprova. Estes editores podem cadastrar suas verificações seguindo o padrão Schema.org ClaimReview, que é de código aberto. Resultados desse tipo já aparecem na pesquisa do Google, ainda que de maneira mais discreta.

Outra iniciativa da plataforma é mostrar quem está por trás de cada canal, identificando quando há financiamento do governo ou de algum órgão público para uma empresa jornalística. O post do blog do Google Brasil diz que haverá links para informações na Wikipédia. Isso dá a entender que a abrangência e o impacto devem ser bem menores do que o anúncio sugere — nada de grandes revelações sobre pequenos canais pagos por partidos, por exemplo, mas sim algum destaque para canais de TV e agências de notícias de propriedade estatal.

A ver, porém, como tudo isso se dá na prática. Há alguns meses, o YouTube também tentou combater discurso de ódio com inteligência artificial, mas não deu muito certo: vídeos históricos e educativos foram apagados por engano. Derrubar vídeos com conteúdo problemático está fora de cogitação, segundo a CEO da empresa.

[Blog do Google Brasil]

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