App de chamadas de vídeo Zoom pausa desenvolvimento de novos recursos para consertar problemas de segurança

App de chamadas de vídeo Zoom anunciou pausa no desenvolvimento de novos recursos para consertar problemas de segurança que vinham sendo criticados.
Imagem: Zoom

A quarentena imposta por causa da pandemia de COVID-19 fez muita gente recorrer a chamadas de vídeo, tanto para trabalho quanto para matar a saudade dos amigos. E isso também fez muita gente perceber que o Zoom, um dos softwares de videoconferência mais usados, tem muitas falhas de segurança, tantas que até o FBI entrou no meio. Para tentar resolver isso, a empresa anunciou que vai pausar o desenvolvimento de novos recursos do app por 90 dias para concentrar esforços na correção das falhas.

Em um post escrito no blog da empresa, o CEO Eric S. Yuan admite que o produto ficou abaixo das expectativas dos usuários e da própria companhia em privacidade e segurança. Yuan também diz que o crescimento repentino do número de usuários — de 10 milhões de usuários ativos diários em dezembro para 200 milhões em março — fez com que o app fosse usado de formas inesperadas, que não haviam sido previstas quando o software foi desenvolvido.

Apesar disso, algumas questões de privacidade e segurança eram problemáticas já na sua concepção. Uma delas tinha relação o monitor de atenção do espectador. Esse recurso avisava o anfitrião de uma conferência caso um dos participantes minimizasse ou deixasse em segundo plano a janela da conferência em seu computador sem que isso ficasse explícito para o usuário. A ferramenta foi removida depois de críticas.

Outra prática problemática é o “zoombombing“. Como toda conferência do Zoom é pública por default (pois é…) e as configurações para limitar quem pode compartilhar sua tela ficam escondidas, trolls começaram a entrar em chamadas de vídeo para transmitir pornografia, insultos e imagens nazistas. Isso chamou a atenção até mesmo do FBI, que emitiu um aviso sobre o aplicativo.

Além disso, o Zoom prometia criptografia de ponta a ponta nas chamadas, mas isso não era exatamente verdade. A empresa também criou uma política de privacidade específica para alunos do ensino fundamental e médio e consertou outras vulnerabilidades que foram descobertas.

Como dá para imaginar, a reação pública a todas essas descobertas tem sido péssimas, e algumas empresas, como a SpaceX de Elon Musk, proibiram o uso do app para reuniões corporativas.

Além de parar a liberação de novos recursos e concentrar esforços para corrigir os problemas atuais, a empresa também vai trabalhar com especialistas independentes e de outras empresas e preparar um relatório de segurança. Até lá, talvez seja melhor pensar em usar outro app.

[TechCrunch]

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