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O evasivo Mark Zuckerberg finalmente vai depor diante do Congresso dos EUA

O CEO do Facebook, Mark Zuckerberg, vai depor diante do Comitê de Energia e Comércio da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos na próxima quarta-feira (11), confirmou o site do comitê na manhã desta quarta (4). Em comunicado conjunto, o representante Greg Walden, do Óregon, presidente republicano do comitê, e o parlamentar Frank Pallone Jr. […]

O CEO do Facebook, Mark Zuckerberg, vai depor diante do Comitê de Energia e Comércio da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos na próxima quarta-feira (11), confirmou o site do comitê na manhã desta quarta (4).

Em comunicado conjunto, o representante Greg Walden, do Óregon, presidente republicano do comitê, e o parlamentar Frank Pallone Jr. disseram que pressionariam Zuckerberg em relação ao cuidado do Facebook com os dados pessoais dos usuários depois do escândalo da Cambridge Analytica, que deu nova vida ao escrutínio sobre as práticas de privacidade da rede social.

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“Esta audiência será uma oportunidade importante de jogar luz sobre problemas críticos de privacidade de dados do consumidor e de ajudar todos os americanos a entenderem melhor o que acontece com suas informações pessoais online”, dizia o comunicado. “Agradecemos a disposição do sr. Zuckerberg de depor diante do comitê e estamos ansiosos para que ele responda às nossas perguntas em 11 de abril.”

O Facebook tem se encontrado em meio a um desastre de imagem iniciado por reportagens do mês passado do Guardian e do New York Times, que revelaram que a Cambridge Analytica, uma empresa de consultoria política britânica anteriormente contratada pelas campanhas presidenciais do senador Ted Cruz e do presidente norte-americano Donald Trump, havia usado ilegalmente as informações de perfil de 50 milhões de usuários do Facebook para criar perfis psicológicos a serem usados em campanhas de influência política coordenadas. O Facebook descobriu o uso dos dados pela Cambridge Analytica em 2015, disse o vice-presidente da empresa, Paul Grewal, em um post de blog, e disse à companhia para deletar os dados, o que ela não teria feito.

Desde que explodiu o escândalo, várias ações judiciais coletivas foram iniciadas contra o Facebook, a Comissão Federal de Comércio dos EUA confirmou que irá investigar a empresa, e políticos nos EUA e no Reino Unido convocaram o próprio Zuckerberg a comparecer diante de ambos seus congressos.

Embora Zuckerberg tenha abordado o tópico repetidamente em entrevista com grandes veículos de imprensa, além de publicar uma longa nota em sua página pessoal no Facebook, ele ainda não apareceu diante dos legisladores, tendo sempre optado por enviar outros representantes da empresa em seu lugar. Em março, ele recusou um convite da Câmara dos Comuns do Reino Unido, em Londres, para responder a perguntas sobre o cuidado do Facebook com os dados de usuários.

Ainda que ele deva estar profundamente preparado por seu exército de advogados pessoais e corporativos, será interessante ver se ele equilibra o arrependimento pouco convincente que expressou por escrito com novas mudanças nas regras do site.

Na terça-feira (3), Zuckerberg disse que o Facebook não tem planos para estender globalmente, a todos os usuários, as configurações de privacidade melhoradas agora exigidas pelas leis da União Europeia. As mudanças serão “no espírito” da rede,  disse.

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