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Este eletroímã de 17 toneladas está pronto para estudar partículas misteriosas

O equipamento foi resfriado a -267°C depois de dez anos de inatividade, provando estar pronto para resolver mais mistérios da Física.

No ano passado, um imenso eletroímã de 17 toneladas e 15,8 metros de largura foi levado com sucesso de Long Island para Illinois. Este mês, ele passou por outro momento marcante: foi resfriado a -267° C depois de dez anos de inatividade, provando estar pronto para resolver mais mistérios da Física.

O eletroímã, construído nos anos 90 no Laboratório Nacional de Brookhaven, em Nova York, ficou inutilizado por dez anos até ser decidido que ele teria mais utilidade no Fermilab, laborátório especializado em física de partículas.

E então começou a odisseia mais desafiadora e improvável até então: transportar o equipamento por 5.000 km de distância, de Nova York até o Meio-Oeste americano, sem desconstruir ou danificar qualquer componente dos seus anéis supercondutores complexos e extremamente delicados.

A revista Symmetry conta que o eletroímã foi levado numa balsa de Long Island até a Flórida, e então levado por rios até Illinois, onde “um caminhão especialmente projetado completou a trajetória até o Fermilab”.

Isso tudo para não mencionar a sua base de aço, que envolveu reconstrução, um processo que tomou grande parte do último ano: a Symmetry conta que o processo lidou com duas dúzias de peças de 26 toneladas e uma dúzia de 11 toneladas, no que parece o quebra-cabeças mais pesado já visto.

Mas com o recente feito (resfriar o supercondutor a -267°C e ativá-lo novamente), o eletroímã está pronto para uso. Ele irá usar um poderoso raio de partículas que está sendo construído para continuar os estudos sobre misteriosas subpartículas chamadas múons.

Ao aprisionar num campo magnético os múons produzidos pelo raio, os cientistas poderão descobrir se há forças subatômicas afetando o movimento destas partículas. Isto pode ajudar os pesquisadores a entender melhor estas forças, descobrir partículas novas ou até saber mais sobre a natureza do universo. Estes novos estudos devem começar em 2017. [Symmetry Magazine via Phys.org]


Fotos por Darin Clifton/Ceres Barge e Fermilab

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