Google se prepara para desativar o Flash sempre que possível no Chrome
O Google propôs um novo esquema “HTML5 por padrão” para que o Flash seja usado apenas como último recurso no Chrome. É mais um prego no caixão do plugin.
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O VentureBeat encontrou uma proposta do Google para mudar o uso do Flash no Chrome até o final do ano. Em vez de simplesmente liberá-lo, o navegador iria preferencialmente usar HTML5 se possível.
Se isso não funcionar, você receberá um aviso perguntado se gostaria de usar o Flash ou não. E se você disser que sim, o navegador vai obedecer seu comando e lembrar isso para quando você visitar o mesmo site no futuro.
O Google tentará evitar uma sobrecarga de alertas com uma whitelist para os dez sites mais acessados que ainda dependem do Flash: YouTube, Facebook, Yahoo, VK, Live.com, Yandex.ru, OK.ru, Twitch.tv, Amazon e Mail.ru. Essa whitelist só duraria por um ano.
O Google vem agindo para reduzir sua dependência do plugin: o YouTube usa vídeo HTML5 por padrão, e a empresa vem convertendo automaticamente anúncios em Flash para HTML5 – na verdade, anúncios em Flash deixarão de ser exibidos pelo Google no início de 2017.
O Flash vem embutido no Chrome por padrão, e isso não deve mudar tão cedo. Apesar de novas vulnerabilidades surgirem com frequência, o plugin embutido promete ser mais seguro que a versão distribuída separadamente pela Adobe, pois roda em uma sandbox.
Ele é pausado automaticamente se não for central para a página (como anúncios e animações). A nova medida, no entanto, vai impactar o conteúdo central, tal como vídeos e jogos.
É por isso que Ruben Gerlach, desenvolvedor de jogos na Spiele-Palast, lamenta a decisão nos fóruns do Google: “o HTML5 é uma ótima ferramenta para criar sites, mas não é tão boa para criar jogos… eles estão negligenciando completamente um nicho de desenvolvedores que ganham a vida com produtos que não são feitos de preferência em HTML5”.
No entanto, como lembram outros usuários, “o futuro será um mundo sem Flash”. A própria Adobe deixou de lado o nome Flash e recomenda “que criadores de conteúdo utilizem novos padrões da web”.
[Google via VentureBeat]