CQC descobre o poder dos controles remotos universais na Argentina
Vocês devem lembrar de uma famosa maldade que o Gizmodo americano fez na CES de 2008. Com um controle remoto universal em mãos, nossos colegas deram muita dor de cabeça para quem estava trabalhando no evento. Em 2010, foi a vez do CQC usar o efeito mágico de um controle completamente heterodoxo. Só que em vez de vários trabalhadores, geeks e apresentadores de empresas de tecnologia em geral, o pessoal do CQC brincou com um público mais perigoso: a torcida argentina, em Buenos Aires, assistindo à Copa do Mundo.
Ainda não tão comuns no Brasil, controles remotos universais de todos os tipos são itens corriqueiros nos EUA. Empresas como a Logitech investem pesado na tecnologia, fazendo controles com telas de LCD, ou sensíveis ao toque, tudo para você não ter de usar mais de um controle para comandar a TV, o DVD e possivelmente o Blu-ray. Sabendo disso, o micro-repórter Oscar Filho recebeu a desgraçada missão de brincar com fogo. Chegou a Buenos Aires e testou o controle numa partida qualquer, entre Uruguai e França, para ver a reação dos argentinos. Aos poucos eles foram saindo da frente da loja de televisores, com cara de poucos amigos. Mas é claro que a resposta dos hermanos num jogo de sua seleção seria diferente.
No dia seguinte, trajando uma camisa da Argentina e levando duas handycams para um bar em Buenos Aires, o repórter inventou a história de que uma TV portuguesa acompanharia o jogo lá e deixou uma das câmeras numa mesa qualquer, com alguns garotos argentinos. A outra ficou com ele, em sua mesa, para filmar a traquinagem. O jogo começa, a Argentina parte para o ataque e, no escanteio que resultou no gol de Heinze, logo aos 6 minutos do primeiro tempo, Oscar Filho desliga a TV. Tensão, correria, gritaria (nada de vuvuzelas por lá) e uma mistura de comemoração e desentendimento. Depois, a cada lance agudo, a TV desligava. Os argentinos começaram a não gostar da brincadeira. O repórter ficou escondido até o final da partida, quando admitiu para os quatro garotos argentinos que, além de brasileiro, era o dono do controle remoto universal. A reação foi bem menos agressiva do que eu imaginava, concordam?