[Hands-on] iPad Air: o tablet grande da Apple nunca foi tão pequeno

É bom que o iPad Air tenha um novo nome. Ao segurar o aparelho, realmente parece que temos em mãos um dispositivo completamente novo. E em cada momento que o Air está nas suas mãos, o iPad antigo parece mais e mais antigo.

O iPad Air é leve. Muito leve. Ele tem 469g no modelo WiFi (478g no 3G/LTE), em comparação com os 652g do seu antecessor. A diferença de peso é evidente imediatamente no momento em que você segura o garoto, mas só quando você compara o Air com o 4 que você percebe a magnitude da mudança. Se esse iPad é o Air, os antigos são como uma pedra.

Se você gosta da ideia de usar um aparelho de 10 polegadas apenas com uma mão, não há escolha mais apropriada. Ainda é difícil encontrar uma forma de navegar em um tablet tão grande com apenas uma mão sem beliscar o tablet, ou deslizar sua mão por todo o caminho até o canto inferior da tela. E com as molduras finas você tem ainda menos espaço para beliscar, de certa forma.

Como no iPad mini, o iPad Air entende bem quando você está apenas segurando uma das bordas ou tentando interagir com algo na tela, mas beliscar o canto da tela e não apenas a moldura ainda é um pouco desconfortável psicológicamente, mesmo que não cause nenhum problema. Mas, no geral, a leveza do iPad Air faz os contorcionismos com uma mão mais viáveis do que nunca, e isso é fantástico.

Mas ele não é só leve. Também está menor em todas as dimensões, e o efeito é duplo: a bela tela de 264 PPI parece maior do que nunca e ainda é fantástica mesmo em comparação com o exército de telas de smartphones com resoluções cada vez mais densas em pixels. É uma belíssima tela para se olhar, e o resto do dispositivo meio que encolhe por trás dela.

Em relação ao resto do dispositivo, ele é bem mais premium do que seus modelos anteriores. Com as mesmas bordas chanfradas e ainda assim arredondadas porém angulares como no iPad mini, o iPad Air é fantástico de frente, e incrivelmente compacto em sua traseira.

Esse emagrecimento tem consequências negativas também. O iPad Air tem mais flexibilidade na tela do que qualquer outro iPad. Parece mais “maleável”. Quando você pressiona com força, a tela do iPad Air começa a deformar debaixo do seu dedo com mais facilidade do que em modelos anteriores.

Da mesma forma, se você aumentar o volume para o som sair dos dois speakers do tablet, você consegue sentir todo o baixo reverberando pelo iPad Air como um acessório de vibração musical. Dependendo do que você está fazendo pode ser bem bacana, mas contribui um pouco para o sutil sentimento de que o corpo fino do iPad Air é quase insuficiente para contê-lo. Como um balão próximo a estourar.

Mas, na maior parte das vezes, o iPad Air é simplesmente prazeroso de segurar. Ele é tão pequeno quanto parece grande. Tão grande para algo tão pequeno. E ele é muito bom nos melhores sentidos possíveis.

Claro que toda a beleza seria inútil sem entranhas boas. E o iPad Air é excelente por dentro. O processador A7 da Apple é fantástico para todas as coisas feitas no iPad. Mesmo com uma tela com o dobro do tamanho da do iPhone 5S, o A7 ainda é sensacional.

Apps carregam quase instantaneamente, o zoom característico do iOS 7 faz com que o processo de carregar seja quase imediato, e os apps raramente engasgam. Jogos rodam suavemente, seja quando você lança aves em Angry Birds ou atira em zumbis em Dead Trigger. Claro, a 4ª geração do iPad com o processador A6X não era nem um pouco lenta – e ainda não é – mas alguns minutos com o iPad Air fazem com que a sua velocidade se destaque.

O que é realmente bom ao comprar um iPad Air é que você sente que tem em mãos algo completamente novo. Já vimos o design do iPad mini, mas aumentado para 10 polegadas cria um animal completamente novo. E o iOS 7 pipocando na tela com suavidade graças ao A7 faz com que o iPad Air traga um novo suspiro de vida para a linha de tablets envelhecida da Apple. Se esse envelhecimento era o grande desafio da Apple, ela conseguiu se sair muito bem com o iPad Air.