Ciência

Leões batem recorde de nado em águas com predadores na África; assista

Segundo os cientistas, o feito dos leões é incrível porque não há registro de travessias a nado em águas perigosas que superem centenas de metros.
Imagem: Alexander Braczkowski/Divulgação

Cientistas filmaram dois leões batendo recorde de velocidade de nado cruzando águas de um rio infestado por predadores na Uganda. Os leões — conhecidos localmente como Jacob e Tibu, ambos com 10 anos — cruzaram o Canal de Kazinga, no Parque Nacional da Rainha Elizabeth, parte dos Grandes Lagos Africanos.

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Os pesquisadores capturaram o recorde dos leões usando drones com câmeras de alta definição com detecção de movimentos por calor. De acordo com Alexander Braczkowski, que liderou a equipe do estudo que filmou a travessia, Jacob (um dos leões) já sobreviveu a vários incidentes que colocaram sua vida em risco. Um desses, aliás, resultou na amputação de uma perna do leão.

“Jacob teve uma jornada incrível e, de fato, é um gato com sete vidas”, disse o pesquisador.

O feito dos leões é incrível porque não há registro de travessias a nado em águas perigosas que superem centenas de metros, resultando, inclusive, em mortes por ataques de crocodilos. De acordo com os cientistas, o nado de 1,5 km dos leões nas águas do Canal de Kazinga quebra qualquer recorde anterior.

Além disso, os pesquisadores destacam que, salvo o recorde, os leões demonstraram uma resiliência incrível ao cruzar um canal repleto de hipopótamos e crocodilos.  Confira o vídeo:

Por trás do recorde de nado dos leões

“Eu apostaria todos meus pertences nesse leão [Jacob] como o mais resiliente de toda a África. Ele já recebeu uma chifrada de um búfalo, sua família foi envenenada por traficantes de peles de animais, e ele próprio já caiu em uma armadilha de um caçador. Em outro incidente de caça ilegal, ele perdeu sua perna em uma armadilha de metal”, diz Braczkowski.

Portanto, de acordo com o cientista, o recorde dos leões Jacob e Tibu é uma consequência da resiliência que eles adquiriram para sobreviver em um parque nacional que sofre com altos índices de caça ilegal.

No entanto, a motivação dos leões para atravessar a nado um rio repleto de predadores – e quebrar qualquer recorde anterior – pode ser um pouco banal. Segundo os pesquisadores, os leões estavam, provavelmente, procurando fêmeas para acasalar.

Braczkowski acredita que o comportamento incomum dos leões é um sintoma direto de constatações de pesquisas anteriores. Elas destacam o impacto da proporção assimétrica entre sexos em populações de leões.

A equipe de pesquisa concluiu que a falta de fêmeas, disputas por território entre outros machos e a presença de humanos na ponte próxima do canal foram os três principais fatores que causaram o nado recorde dos leões.

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