A NASA não vê a hora de mergulhar diretamente no Sol

Missão da Parker Solar Probe chegará sete vezes mais perto do que qualquer outra missão o fez anteriormente

A NASA lembrou o mundo, nesta quarta-feira (31), que em breve vai executar o último ato de realização de desejo em nome de toda a humanidade: no verão de 2018, a agência espacial planeja lançar uma sonda diretamente na atmosfera do Sol. Embora a missão infelizmente não seja tripulada, a Solar Probe Plus, de 3,04 metros, agora oficialmente chamada de Parker Solar Probe, vai chegar mais perto dessa bola quente de gás — e morte — do que qualquer um de nós já chegou.

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A sonda, que tem sido preparada desde 2008, vai alcançar a camada mais externa da atmosfera do Sol, chamada de coroa solar. Conforme explicou o especialista em projetos de missão Nicola Fox, em um comunicado da NASA nesta quarta-feira, a Parker Solar Probe vai explorar essa região, que tem cerca de 1.371ºC, para obter novos conhecimentos sobre o vento solar e o clima espacial. O clima espacial pode afetar a nós todos aqui na Terra, conforme o Sol envia uma enorme quantidade de radiação de alta energia e de partículas em direção à atmosfera da Terra, potencialmente impactando satélites e redes elétricas no solo. O vento solar sopra as partículas altamente carregadas diretamente em nós.

“Estaremos sete vezes mais perto do que qualquer missão já esteve”, Fox disse a repórteres durante a coletiva de imprensa. “Vamos, repetidamente, fazer uma varredura pela coroa solar, fazendo essas medições [sobre o vento solar].”

Fox acrescentou que a sonda está atualmente sendo construída e testada rigorosamente, já que terá que suportar algumas das condições mais extremas imagináveis. Após contar com a ajuda gravitacional de Vênus para acelerar, a sonda vai se movimentar rapidamente em torno do Sol, a cerca de 69 mil quilômetros por hora.

A grande revelação durante a entrevista coletiva desta quarta-feira não foi necessariamente o plano para alcançar o Sol, mas, sim, a mudança de nome da sonda. Originalmente chamada de Solar Probe Plus, a Parker Solar, da NASA, presta homenagem ao astrofísico Eugene Parker, que hipotetizou pela primeira vez a existência dos ventos solares na década de 1950.

Com sorte, a Parker Solar Probe vai responder algumas de nossas questões sobre esse gigante de gás que, milagrosamente, nos mantém vivos. “Fizemos coisas fantásticas”, disse Fox. “Mas até irmos lá e de fato tocar o Sol, não dá para realmente responder essas questões chave.”

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