Nokia reduz prejuízo e atinge novo recorde nas vendas do Lumia, mas fica abaixo das expectativas
A Nokia voltou a ter prejuízo no segundo trimestre, porém menor que no ano passado: a empresa perdeu US$ 298 milhões nos últimos três meses. Há um ano, o prejuízo era quase bilionário.
Além disso, as vendas do Lumia chegaram a um novo recorde. Apesar disso, os resultados vieram abaixo do esperado.
No segundo trimestre, a Nokia vendeu 7,4 milhões de Windows Phones. Isto significa um aumento de 85% em um ano. A empresa nunca vendeu tantos Lumias quanto agora, e isso ainda não considera o desempenho do Lumia 1020, que ainda será lançado. (Os Lumias 925 e 928, por sua vez, foram lançados só em junho.)
Como aponta o The Verge, pela primeira vez as vendas do Lumia superaram as da BlackBerry, que vendeu só 6,8 milhões de unidades no trimestre passado. No entanto, o desempenho de ambas ainda está longe das principais concorrentes: espera-se que a Samsung tenha vendido até 75 milhões de smartphones no mesmo período (incluindo 20 milhões do Galaxy S4).
E nem tudo são boas notícias para a Nokia: a receita total da empresa caiu 24% em um ano, impactada pela queda na venda de celulares simples (-39%), incluindo aí a linha Asha. As vendas de smartphones também caíram (-24%), devido principalmente ao sumiço do Symbian: no trimestre, foram vendidas “aproximadamente zero” unidades de aparelhos com o antigo sistema.
A Nokia não vende só celular, no entanto. Eles têm o serviço HERE de mapas, que teve prejuízo ligeiramente menor no trimestre. E eles têm a Nokia Siemens Networks, responsável por instalar a rede 4G em vários países (incluindo o Brasil), que caminha para a lucratividade. No início deste mês, a Nokia comprou a parte que pertencia à Siemens; a partir deste trimestre, a receita e o lucro serão propriedade apenas da finlandesa. E à medida que o 4G se expande pelo mundo, a empresa pode ter um alicerce mais firme para se apoiar.
Enquanto isso, devido aos resultados abaixo do esperado, as ações da Nokia caem 3% antes da abertura dos mercados. [Nokia via The Verge e Bloomberg]