A matemática explica por que projéteis menores são mais perigosos
O rifle de longo alcance está entre nós desde o século XIX, 100 anos depois de Daniel Bernoulli publicar seu livro, Hidrodinâmica, acerca da relação entre pressão e energia potencial (ou velocidade) de um fluido. A base do seu princípio relaciona um aumento da velocidade de um fluido a uma diminuição da pressão. Usando isso junto com o efeito Venturi, que atesta que a velocidade de um fluido cresce à medida que a área de um corte transversal diminui, temos o básico para um projétil balístico.
Como a imagem abaixo demonstra, se você tem um fluido na câmara no ponto 1 com uma área de corte transversal (A1), velocidade (v1) e pressão (p1), quando esse fluído passa ao ponto 2, a área de corte transversal (A2) encolhe junto com a pressão (p2) enquanto a velocidade (v2) aumenta. A queda na pressão é representada em h + Δh. Se o mesmo se aplicasse ao tráfego nas grandes cidades…
Qual a relação disso com balística e projéteis?
Um cartucho de munição confia no efeito Venturi para aumentar a velocidade do projétil quando ele é disparado. A imagem sobreposta, abaixo, exemplifica como um cartucho se parece com um projeto baseado no efeito Verturi:
O cartucho Weatherby .257 Magnum é um dos melhores exemplos do efeito Verturi em sua plenitude. Lançado em 1944, ele era o favorito do próprio Roy Weatherby por um bom motivo: é disparado com mais velocidade do que qualquer outra munição de 0,6 mm. Isso equivale a mais energia cinética e, em última instância, um trabalho mais rápido e eficiente. O .257 WBY Mag usa a cápsula de um .375 Holland and Holland. Ele tem o estrangulamento (o que significa que a ponta onde o projétil vai é menor que o resto do corpo) para acomodar a bala de .257 polegada de diâmetro e a garganta única com raio duplo Weatherby é colocada ali no lugar de um pescoço angulado simples.
O estrangulamento com efeito Venturi de raio duplo é exclusivo da Weatherby e o principal motivo da .257 WBY Mag ser uma munição tão rápida. Ao contrário do estrangulamento do cartucho, o raio duplo permite que o gás da pólvora queimada saia de forma mais suave e diretamente na base da munição, empurrando-a para fora com mais rapidez. Ele também oferece uma pressão menor no cartucho (obrigado, Bernoulli!), o que ajuda a prevenir falhas ou rupturas no cartucho. O estrangulamento com efeito Venturi de raio duplo também fornece mais volume à câmara principal, e isso ajuda a ponta a alcançar enormes velocidades. O típico .257 WBY Mag tem cerca de 5 gramas de pólvora dentro do cartucho, cerca de 25% mais do que o .25-06 Winchester.
Comparando a munição .257 WBY Mag de 6 gramas (no topo) com uma equivalente .25-06 Remington de 6 gramas, a Weatherby sai com uma velocidade de ponta de mais de 1.097 metros por segundo, enquanto a Winchester atinge pouco mais de 975 m/s. Esses 120 m/s a mais, ou 13%, ajudam a manter o projétil mais estável durante sua trajetória. Para um caçador, isso significa que você precisa fazer pouquíssimos ajustes na sua mira antes de fazer um disparo.
A quantidade de energia que um projétil carrega é mensurada em pés-libras. Ela é calculada usando a velocidade do projétil e seu peso, medido em grãos (no Sistema Imperial). O que é realmente extraordinário no .257 WBY Mag aparece quando você começa a compará-lo a munições de calibre maior, como o sempre popular .30-06. A 200 jardass, um .257 WBY Mag de 7 gramas transporta cerca de 2 mil pés-libras de energia, o que se equipara a um projétil .30-06 de 11 gramas, geralmente reservadas para a caça de grandes animais, como alces. O verdadeiro benefício aqui é que o .257 WBY Mag dispara com muito mais estabilidade do que um .30-06.
Pusemos nossas mãos em uma nova Weatherby Mark V Ultra Lightwight com uma câmara para .247 Weatherby Magnum. Faremos alguns testes prolongados com esse rifle ainda esse ano, então fique atento a mais posts sobre o assunto.