Como funciona o BlackBerry Classic, que traz de volta o design clássico do Bold
No ano passado, a BlackBerry lançou uma linha de smartphones com o novo sistema operacional BB10. Não deu certo: a participação de mercado despencou até chegar em 0,5%, segundo a IDC.
O que fazer? Tentar mais uma vez, agora procurando agradar ainda mais os fãs de teclado físico. Assim funciona o BlackBerry Classic: antigo por fora, novo por dentro.
A BlackBerry já havia lançado dois smartphones com teclado físico, o Q10 e o Q5. Mas o Classic marca o retorno dos botões chamada, desligar chamada, menu, voltar e até o trackpad para navegar pelo conteúdo da tela – mesmo que ela seja uma touchscreen de 3,5 polegadas:
Além disso, ele traz de volta os atalhos de teclado presentes nos antigos Bold e Curve: pressione Q para ativar o modo silencioso; pressione K para bloquear a tela; entre outros – este link tem a lista completa.
Por dentro, o BlackBerry Classic tem processador dual-core Snapdragon S4 Plus, 2 GB de RAM, 16 GB de armazenamento – expansível via microSD – e bateria de 2.515 mAh. A câmera traseira tem 8 megapixels e flash; a câmera frontal tem 2 MP.
Vale notar que ele roda BB10, sistema com suporte a apps de Android. Na última atualização, a Amazon Appstore vem instalada por padrão, oferecendo 250.000 apps.
O BlackBerry Classic entrou em pré-venda na semana passada, custando US$ 450, e será lançado em 17 de dezembro.
A BlackBerry obviamente não está tentando derrubar Android ou iOS, mas seus novos smartphones devem ter uma chance porque atendem a um nicho específico. Pegue o BlackBerry Passport, por exemplo: ele é enorme, quadrado, mas trouxe de volta o teclado físico. Resultado: ele é um dos smartphones desbloqueados mais vendidos na Amazon.
A empresa está reduzindo o prejuízo aos poucos: ela teve perdas de US$ 207 milhões entre abril e junho, contra quase US$ 1 bilhão no mesmo período do ano passado.
Ela não voltará a ser uma gigante em smartphones, mas com seu foco renovado no mercado empresarial e na internet das coisas, a BlackBerry pode ter um futuro.
Última imagem via TechCrunch