Inteligência artificial da IBM está aprendendo português para falar com você
O Watson, a superinteligência artificial da IBM, já ganhou campeonatos de xadrez, ajuda na batalha contra o câncer, participa de qualquer tipo de debate, e agora vai trabalhar para um banco brasileiro.
O Bradesco agora faz parte de um exclusivo grupo de instituições financeiras que trabalham com o Watson. Eles planejam, em um primeiro momento, usar a inteligência e as capacidades cognitivas do supercomputador em serviços de call center, auxiliando os funcionários a atender melhor os clientes do banco.
De acordo com a Computerworld Brasil, ao aprender sobre as interações exclusivas aos funcionários humanos, o Watson poderá automatizar o processo, respondendo dúvidas e reclamações dos consumidores em linguagem natural. “Nossa ideia é cooperar e fazer com que o Watson não só fale o português, mas tenha um pouco do jeitinho brasileiro”, diz Marcelo Camara, gerente do Departamento de Pesquisa e Inovação Tecnológica do Bradesco.
Antes, ele precisará aprender a nossa boa e velha língua portuguesa — e em linguagem natural, com direito a até mesmo regionalismos. É a terceira língua que ele aprende, depois do inglês e do japonês.
O Watson aprende de forma parecida a de um humano: entendendo a semântica das palavras e as regras, como a sintaxe. Segundo Fabio Scopeta, responsável pelo IBM Watson no Brasil, o supercomputador deve estar fluente o bastante até o final deste ano.
A implementação, no entanto, pode demorar um pouco: o Bradesco planeja oferecer os serviços do Watson pelo call center apenas a partir do segundo semestre de 2016. E o serviço iniciará apenas em algumas regiões específicas, já que além do português, o supercomputador também precisará aprender os regionalismos da nossa língua.
No entanto, o potencial do Watson vai muito além do que apenas o aprendizado da nossa língua. Com o tempo, o supercomputador terá analisado informações o suficiente para se tornar um especialista do mercado financeiro. Como ele chega a conclusões ao analisar um gigantesco número de informações, o Watson poderia até mesmo informar quando, quanto e onde investir no mercado financeiro de forma imparcial. Saiba mais: [Computerworld]
Foto por Seth Wenig/AP