Em 15 segundos, esta invenção estanca o sangue de ferimentos por tiro
Um grupo de veteranos de guerra, cientistas e engenheiros nos EUA desenvolveu um dispositivo que usa pequenas esponjas médicas para parar a hemorragia, em apenas 15 segundos, de pessoas que foram feridas por armas de fogo.
Quando um soldado é baleado no campo de batalha, os médicos usam gaze para estancar a hemorragia, mas é difícil aplicar pressão direta se eles levam um tiro: afinal, o ferimento tem vários centímetros de profundidade. E torniquetes podem até funcionar no braço ou perna, mas não ajudam se o tiro for na pélvis ou no ombro.
Mas as pequenas esponjas do XStat, desenvolvidas pela empresa RevMedX, se expandem para vedar um ferimento de bala em qualquer parte do corpo. A Popular Science explica como funciona:
A equipe decidiu usar uma esponja feita de polpa de madeira e revestida com quitosana, uma substância antimicrobiana que coagula o sangue e vem de cascas de camarão. Para garantir que nenhuma esponja seja deixada acidentalmente no interior do corpo, eles acrescentaram marcadores em forma de X, que tornam cada esponja visível em uma imagem de raio-X.
As esponjas são injetadas dentro da ferida com uma seringa, o que lhes permite chegar bem próximo da artéria rompida. E elas funcionam rápido: em apenas 15 segundos, elas se expandem para preencher toda a cavidade da ferida, criando pressão suficiente para estancar o sangramento. E como as esponjas se prendem a superfícies úmidas, elas não são empurradas para fora do corpo.
A RevMedx recebeu US$ 5 milhões do Exército americano para desenvolver o XStat, e aguardam pela autorização da FDA (espécie de Anvisa dos EUA). O exército tem interesse na tecnologia, mas ela também poderia ser útil para civis: a Oregon Health and Science University ganhou uma bolsa no ano passado para estudar como o XStat pode ser usado para interromper o sangramento pós-parto.
Cada seringa de XStat deve custar cerca de US$ 100, mas isso pode diminuir à medida que a RevMedx fabricar mais unidades no futuro. [RevMedx via Popular Science]
Imagens por RevMedx