Ciência

1.000 cidades do Brasil devem entrar em emergência climática, diz Marina Silva

Decreto de emergência climática está sob discussão no governo federal e deve agilizar processos burocráticos e financiamento nessas situações
Imagem: Lula Marques/ Agência Brasil/ Reprodução

Frente aos eventos climáticos extremos que o Brasil enfrentou em 2023, como ondas de calor e inundações, cidadãos terão de ser realocados, a fim de evitar áreas que estão sendo continuamente atingidas por esses fenômenos.

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Esse debate fortaleceu um projeto da ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, de criar um decreto de emergência climática. Se isso acontecer, cerca de mil cidades brasileiras devem se encaixar na condição, de acordo com o que disse a ministra à Reuters.

Em geral, há previsões de que as mudanças climáticas possam tornar certas áreas do planeta inabitáveis. Dessa forma, muitos países terão que se adaptar e diversas pessoas precisarão migrar à medida que fogem do aumento do nível do mar, aridez, inundações e outros desastres.

Decreto de emergência climática

Ainda que não tenha o propósito de funcionar como uma iniciativa de liberação automática de recursos para cidades em necessidade, o decreto de emergência climática é um mecanismo para otimizar e agilizar processos públicos em situações de emergência.

De acordo com a CNN, uma minuta de decreto já está pronta. No entanto, o conteúdo do texto ainda está sob discussão no próprio Ministério do Meio Ambiente, assim como em outras pastas do governo.

Embora o projeto tenha aceitação de outros setores, há partes da administração a nível federal que possuem ressalvas Agora no Fórum Econômico Mundial, em Davos, a ministra deve retomar as tratativas desse tema na próxima semana.

Atualmente, o governo está trabalhando para liberar financiamento e ajudar as áreas do Brasil que foram afetadas no último ano a se adaptarem às mudanças climáticas

“(O Brasil) é um país em desenvolvimento, não tem os recursos para realizar um processo estruturado de adaptação da noite para o dia. Esses são investimentos altamente caros e onerosos”, explicou a ministra à Reuters.

Bárbara Giovani

Bárbara Giovani

Jornalista de ciência que também ama música e cinema. Já publicou na Agência Bori e participa do podcast Prato de Ciência.

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