O ano de 2024 vai ser perfeito pra os amantes das auroras boreais, afirma a Administração Oceânica e Atmosférica Nacional dos EUA (NOAA, na sigla em inglês).
Segundo o órgão, esse otimismo é porque o Sol está atingindo o pico (chamado de “máximo solar”) de seu ciclo de aproximadamente 11 anos, o que influencia nas auroras boreais. Isso acontece porque o fenômeno é resultado da interação entre as partículas oriundas dos ventos solares e os gases presentes na atmosfera do planeta.
Em um artigo publicado em janeiro de 2023, os cientistas também alertaram que o pico do ciclo solar pode ser duas vezes mais forte que o anterior.
A pesquisa mostrou que o último episódio de máximo solar, em abril de 2014, foi o mais fraco dos últimos 100 anos. À época, astrônomos contaram 114 manchas solares, quando a média histórica é de 179.
“Não acho que seja uma previsão muito ousada dizer que as pessoas no meio-oeste dos Estados Unidos e talvez até no meio-oeste inferior (paralelo 40) terão uma boa chance de ver a aurora boreal uma ou duas vezes durante esse ciclo solar”, disse ao National Geographic Don Hampton, professor do Instituto Geofísico da Universidade do Alasca em Fairbanks (EUA).
Segundo os cientistas, depois que um ciclo solar termina, seus campos magnéticos cessam abruptamente. O que permite que outros campos magnéticos do próximo ciclo solar assumam o controle. Assim, quando o evento de término acontece, um novo ciclo solar começa quase que imediatamente.
Auroras em outros planetas
O fenômeno não é exclusivo somente ao planeta Terra, sendo também observável em outros planetas do sistema solar como Júpiter, Saturno, Marte e Vênus. Dessa forma, além do Sol, as luas de Júpiter, em especial Io, também são fontes poderosas de auroras.
Isso acontece porque elas são formadas a partir de correntes elétricas pelo campo magnético. Dessa forma, essas correntes são geradas pelo mecanismo de dínamo relativo ao movimento entre a rotação do planeta e a translação de sua lua.
Particularmente, Io possui vulcões ativos e ionosfera, e suas correntes geram emissão de rádio. Isso vêm sendo estudado pelos astrônomos desde 1955.
Mesmo Vênus, que não possui um campo magnético, apresenta também o fenômeno. As partículas da atmosfera são diretamente ionizadas pelos ventos solares, fenômeno também presente na Terra.