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4 fotos do Hubble que revelam erupção e recuperação da estrela Betelgeuse

A supergigante vermelha passou por uma intensa Ejeção de Massa Superficial em 2019, que foi agora avaliada por cientistas. Confira mais detalhes desse estudo

Constantemente, o Sol explode parte de sua atmosfera externa em um processo conhecido como Ejeção de Massa Coronal (CME). O fenômeno pode gerar tempestades solares intensas, que colocam satélites em risco e podem interromper a comunicação da Terra. 

A NASA e outras agências espaciais já estão acostumadas em acompanhar a instabilidade de nosso astro rei. Por outro lado, cientistas relataram uma mudança similar –porém mais intensa– na constelação de Orion. 

Utilizando dados do Telescópio Espacial Hubble e outros instrumentos espaciais, astrônomos confirmaram que a estrela supergigante vermelha Betelgeuse explodiu em 2019, perdendo parte de sua superfície visível durante uma Ejeção de Massa Superficial (SME). Para ter uma ideia, o astro irrompeu 400 bilhões de vezes mais massa do que uma CME convencional. 

Mudanças em Betelgeuse

Pesquisadores notaram o fenômeno após a estrela, visível a olho nu, perder parcialmente seu brilho. De acordo com os cientistas, a superfície expelida esfriou e se transformou em uma grande nuvem de poeira, a qual escureceu o astro por vários meses.

Fotos obtidas através de dados do Hubble mostram Ejeção de Massa Superficial da estrela. Imagem: NASA, ESA, Elizabeth Wheatley (STScI)/Reprodução

Não foi apenas a intensidade de seu brilho que mudou. A supergigante vermelha é estudada há quase 200 anos, tendo uma taxa fixa de pulsação de 400 dias. Pela primeira vez, cientistas detectaram mudanças nesse ritmo de variação de brilho e movimentos da estrela.

Como descreveu a NASA, o interior de Betelgeuse está agora balançando como um prato de gelatina, enquanto sua área externa se recupera do trauma. O ocorrido fornece novas pistas sobre a fusão nuclear que ocorre dentro da estrela antes que ela exploda em supernova.

Não se sabe ainda se Betelgeuse está caminhando para o último estágio de sua vida, já que a perda de massa não necessariamente representa perigo de detonação total. O Telescópio Espacial James Webb deve ser usado no futuro para estudar a estrela.

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