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4 invenções brasileiras sustentáveis que dão orgulho

Com um pé na ciência, projetos tentam mudar a realidade de brasileiros que vivem em regiões menos favorecidas. Veja a lista

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O Brasil atravessa uma crise econômica, a política dá medo de acompanhar e o tal “orgulho de ser brasileiro” já foi um conceito mais em alta. Mas, mesmo com as dificuldades que o país enfrenta, ainda existem ideias que são motivo de orgulho nacional.

Conheça 4 projetos de brasileiros voltados a problemas de comunidades menos favorecidas que dão esperança de dias melhores.

Litro de luz

Criado para levar luz a comunidades que não têm energia elétrica usando garrafas pet e canos PVC.

Em 2001, durante a crise energética que causou apagões pelo Brasil, o mecânico brasileiro Alfredo Moser criou e instalou uma lâmpada artesanal em seu telhado. Inspirado pelo mecânico, 10 anos depois, em 2012, o filipino Illac Diaz decidiu criar o projeto “Litro de Luz” no país asiático.

Em 2014, o projeto também surgiu no Brasil como organização e, desde então, já impactou a vida de mais de 17 mil brasileiros, através de 3 mil soluções, alcançando mais de 120 comunidades em todo o Brasil.

Além de levar luz a quem não tem, os idealizadores do projeto ainda capacitam os moradores para a instalação, replicação e manutenção da tecnologia. Hoje o Litro de Luz é uma organização presente em mais de 15 países. No Brasil, possui 200 voluntários.

Dessalinizador solar de baixo custo

Criado por pesquisadores da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), o dessalinizador de baixo custo visa ajudar famílias que moram em locais que registram longos períodos de estiagem e não possuem água encanada. Os itens para produção do produto custam até R$ 300.

O equipamento é feito com materiais simples, como madeira, vidro e uma placa de calor. Pensando na praticidade e agilidade, o equipamento é de fácil montagem para quem tem orientação de como fazer, a própria UEPB se dispõe a ensinar como montar o dessalinizador.

Moradores da zona rural de Pocinhos, no Agreste paraibano, já usam o equipamento, capaz de deixar a água potável. A ferramenta trata, em média, 8 litros de água por dia. Ou seja, é um equipamento auxiliar, mas que pode ser vital para garantir o consumo de água limpa por moradores desabastecidos.

Fogão e forno solar

Pensado para ajudar famílias a economizarem gás ou mesmo terem onde preparar e aquecer seus alimentos, o Projeto No Clima da Caatinga cria fogões solares que funcionam a partir do efeito estufa.

A ideia do fogão é simples: transformar a radiação solar em calor, criar um “efeito estufa” em pequena escala e usar esse calor para aquecer água, cozinhar, secar ou assar os alimentos. Para criar um desses protótipos, por exemplo, a equipe gastou cerca de R$ 150. São necessários apenas matérias de baixo custo, como sucata, vidros e metais.

Desinfecção solar de água

O projeto, que criou um equipamento para desinfetar a água e a tornar consumível para humanos, surgiu em 2007, para resolver um problema de uma aldeia indígena. O purificador portátil pesa apenas 15 kg e utiliza a energia solar para desinfecção de água contaminada de lagos, rios e igarapés.

O processo de limpeza funciona a partir de uma caixa d’água. É necessária uma tubulação adequada, com as conexões necessárias, e um filtro de entrada (materiais de fácil acesso) para a instalação do sistema.

A água contaminada é bombeada da fonte (rio, lago, etc.) para a caixa d’água, onde um filtro grosso evita que partículas flutuantes entrem na caixa d’água. Em seguida, a mangueira ligada à caixa d’água é conectada ao painel solar instalado. Uma chave eletrônica liga a lâmpada ultravioleta e garante seu funcionamento constante.

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