5G em números: 15 dados para entender a nova tecnologia de internet móvel

O 5G veio para ficar! Fique por dentro de todos os detalhes da última tecnologia em dados móveis
5G em números: 13 dados para entender a nova tecnologia de internet móvel
Imagem: Kārlis Dambrāns/Flickr/Reprodução

O 5G dá seus primeiros passos no Brasil e já é motivo de expectativa sobre a última tecnologia em rede móvel no país. O serviço chegou ao Brasil em 6 de julho, na capital Brasília. Em seguida, passou a funcionar em Belo Horizonte, Porto Alegre e João Pessoa. 

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A cidade de São Paulo é a próxima a disponibilizar o sinal, a partir desta quinta-feira (4). Até 10 de agosto, Salvador, Curitiba, Goiânia e Rio de Janeiro também recebem o 5G. Mas além das cidades, há um mundo a desbravar sobre o assunto. A seguir, listamos tudo o que você precisa saber sobre a operação e os detalhes do 5G no Brasil – e no seu smartphone

3G e 4G vão acabar? 

Não mesmo! As três redes continuarão ativas. Só dependem do que as operadoras farão com elas a depender da demanda, localidade e, claro, estratégia de mercado. 

Conexão mais rápida? 

De modo geral, sim. O 5G pode ser até 20 vezes mais veloz que o 4G. Um exemplo: enquanto o 4G pode alcançar a marca de 100 Mb/s, o 5G pode chegar à casa dos gigabites por segundo. 

Pense no download de um filme com uma hora de duração em HD. O 5G leva… 6 segundos! O processamento pode chegar a 10 Gbps (gigabits por segundo). O 4G, por outro lado, pode demorar até 6 horas para baixar o mesmo filme, uma vez que o pico de navegação vai até 75 Mbps (megabites por segundo). Na navegação, o limite é 300 Mbps. 

Mas fique atento: esses números tratam do 5G “puro”, aquele da frequência de 3,5 GHz. Ainda é difícil falar em padrão de velocidade no Brasil, pois muitas redes enfrentam instabilidade e nem todas as antenas foram instaladas para dar conta da velocidade. 

Outro fator é o 5G “verdadeiro” e o 5G DSS – uma espécie de “rede de transição” do 4G para o 5G. Nós esclarecemos o que diferencia e como saber qual a sua neste link aqui

Aparelhos conectados

A rede 5G pode suportar até 1 milhão de aparelhos conectados simultaneamente. O 4G, por sua vez, consegue até 10 mil. 

Tempo de latência 

Sabe o tempo que demora entre o envio de um dado e outro pelo sinal de internet? Isso é latência – e ela é surreal no 5G. No 4G, a latência fica em torno de 80 milissegundos. Já o 5G leva entre 1 e 4 milissegundos. Os gamers vão amar. 

Bateria dura mais? 

É possível que sim. Os celulares gastam mais bateria quando precisam buscar sinal ao enfrentar instabilidades na rede – o que é bem comum com o 4G. Por isso, a tendência é que o 5G, por ter mais alcance, facilite (e talvez amplie) a vida dos dispositivos. 

Smartphones já habilitados 

Até agora, 71 smartphones à venda no Brasil estão aptos a receber a conectividade 5G. São 9 modelos da Apple, 14 da Motorola, 28 da Samsung, 9 da Xiaomi, 4 da ASUS e 3 da Realme. Marcas como Nokia, Lenovo, Positivo e TCL possuem um modelo cada. 

Um levantamento do UOL Tilt mostrou que o smartphone mais barato com tecnologia 5G, e disponível no Brasil, é o Moto G50 G5, com preço médio de R$ 1.450,00. O mais caro é o iPhone 13 Pro Max, com preço médio de R$ 10.400,00. Para conferir se o seu celular tem suporte para 5G, acesse este link

Standalone e non-standalone: o que é isso? 

O leilão realizado pela Anatel em novembro possibilitou a disponibilização de novas frequências. Entre elas, há a faixa 3,5 GHz, que permite uma banda mais larga que as demais para oferecer o final 5G. 

Por consequência, essa frequência fica disponível de duas formas: via non-standalone (NSA) e standalone (SA), como explicou o site Olhar Digital. Veja a diferença entre elas: 

  • NSA (non-standalone): ainda demanda da frequência 4G para autenticar alguns registros. Ou seja, o registro principal é estabelecido em 4G (âncora) e a rede adiciona componentes em 5G. Isso faz com que se alcance taxas mais altas de download e upload. 
  • NA (standalone): dispositivos conectados nesta frequência dialogam entre si em velocidade semelhante à NSA, mas com menor latência.

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Usuários de smartphones não devem perceber tanta diferença entre NSA e SA. Mas o standalone será crucial em outras atividades, como desenvolvimento de Internet das Coisas e cirurgias a distância, por exemplo. 

A tendência é que smartphones mantenham as duas conectividades, uma vez que um celular compatível apenas com o 5G fica sem utilidade em um local onde não existe essa cobertura. 

Julia Possa

Julia Possa

Jornalista e mestre em Linguística. Antes trabalhei no Poder360, A Referência e em jornais e emissoras de TV no interior do RS. Curiosa, gosto de falar sobre o lado político das coisas - em especial da tecnologia e cultura. Me acompanhe no Twitter: @juliamzps

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