A inteligência artificial é confiável? Em maio deste ano, pesquisadores da Universidade de Purdue, nos EUA, descobriram que 52% das respostas geradas pelo ChatGPT sobre programação estão incorretas. Agora, a pesquisa State of Search Brasil 5, da agência Hedgehog Digital, revelou que 78% dos usuários de IA costumam verificar os resultados em outras fontes.
Além disso, segundo o levantamento, 60% dos entrevistados já utilizam ferramentas com IA.
[produto_amazon1]
De acordo com os respondentes, “checar” as respostas significa realizar uma nova pesquisa em outras plataformas. Ou, em alguns casos, até mesmo fora da internet, a fim de aumentar a confiabilidade da informação gerada pela tecnologia.
As principais formas de verificar os resultados são através de motores de busca, como Google, Bing e Yahoo!, para 65%. Já o YouTube, por exemplo, teve 28% de menções, ressaltando a relevância do conteúdo em vídeo entre as pesquisas. Veja os resultados detalhados abaixo:
Como foi feita a pesquisa?
A quinta edição da pesquisa, que estuda o comportamento de busca dos consumidores brasileiros, contou com 4.125 respondentes. As entrevistas foram coletadas por meio do Painel de Consumidores da Opinion Box, com mais de 1 milhão de cadastrados.
O demográfico inclui 52% de mulheres e 48% de homens. 41% deles são jovens de 16 a 29 anos, enquanto os outros 42% são de adultos de 30 a 49 anos e os 16% restantes têm 50 anos ou mais.
A maioria pertence à região Sudeste (47%), enquanto 23% são Nordeste, 15% do Sul, 8% do Centro-Oeste e 7% do Norte. A maior parte dos respondentes também é da classe B (36%), seguida pela classe C (33%), D (16%), E (14%) e A (1%).
Especialista reforça riscos das pesquisas com IA
Felipe Bazon, CSO da Hedgehog Digital, alerta para a importância da checagem de informações geradas por inteligência artificial.
“A IA tem facilitado uma série de tarefas operacionais, tornando o nosso dia a dia mais ágil. Contudo, devemos tratá-la como uma ferramenta passível de erros, como qualquer outra. A combinação do uso da IA com a checagem em outros buscadores ou plataformas enriquece muito mais os resultados do que confiar apenas em um único mecanismo”, disse.
Ele ainda afirma que, com o surgimento de novas ferramentas de IA, como a da Meta, por exemplo, é preciso redobrar a atenção.
“Estamos com acesso facilitado à inteligência artificial, hoje conseguimos fazer uma pesquisa dentro do WhatsApp. Isso com certeza vai impactar na nossa relação com a IA e precisamos ter um cuidado especial com a checagem de informações”, pontuou.