A história real por trás de “A mulher Rei”, estrelado por Viola Davis
“A Mulher Rei”, novo drama épico estrelado por Viola Davis, é um dos filmes mais aguardados de 2022! Com estreia marcada para dia 22 de setembro nos cinemas brasileiros, o longa já chegou aclamado pelo público e crítica especializada. Atualmente, a produção está com 95% de aprovação no Rotten Tomatoes e arrecadou US$ 19 milhões no fim de semana de estreia nos EUA.
Porém, o que muitos não sabem é que “A Mulher Rei” é inspirado em uma história real, que já faz parte de diversas outras produções hollywoodianas. A trama é baseada em acontecimentos que rolaram nos séculos XVII e XIX, no Reino do Daomé, atual Benim, na África Ocidental.
O filme conta a história das Agojie, uma unidade de guerreiras composta apenas por mulheres que protegiam o reino africano de Daomé nos anos 1800, com habilidades e uma força diferentes de tudo já visto. Além de “A Mulher Rei”, a existência do exército também serviu como inspiração para a guarda real feminina Dora Milaje em “Pantera Negra”, e para o episódio 7 da série “Lovecraft Country”, sucesso da HBO.
“A Mulher Rei” acompanha Nanisca (Viola Davis) que foi uma comandante do exército do Reino de Daomé, um dos locais mais poderosos da África naquela época. Durante o período, o grupo militar era composto apenas por mulheres, entre as guerreiras está a filha de Nanisca, Nawi (Lupita Nyong’o), juntas elas combateram os colonizadores franceses, tribos rivais e todos aqueles que tentaram escravizar seu povo e destruir suas terras.
Conhecidas como as Amazonas Dahomey, ou Agojie o grupo foi criado por conta de sua população masculina enfrentar altas baixas na violência e guerras cada vez mais frequentes com os estados vizinhos da África Ocidental, o que levou Dahomey a dar anualmente escravos do sexo masculino, particularmente ao Império Oyo, que usou isso para troca de mercadorias como parte do crescente fenômeno do comércio de escravos na África Ocidental durante a Era dos Descobrimentos, com isso, as mulheres eram alistadas para o combate.
Acostumadas desde cedo a um treinamento rigoroso, elas eram grandes guerreiras, fortes, velozes, que escalam paredões, empunhavam espadas, machadinhas e punhais com vigor e, armadas com espingardas, atiravam com boa mira. Historiadores afirmam que haviam entre 1.000 e 6.000 mulheres soldados que eram rigorosamente treinadas com as mais variadas habilidades, incluindo caçadoras, fuzileiras e arqueiras.
No século XIX, depois da invasão europeia ao continente africano, as Amazonas de Daomé foram recrutadas para lutar contra o exército francês na Primeira Guerra Franco-Damomeana. Embora esta tenha sido uma das batalhas mais marcantes do exército feminino, centenas dessas mulheres foram mortas a tiros e em combates corporais pela tropa francesa.
O filme foi gravado na África do Sul e os atores passaram por intensos treinos de musculação, corrida e luta. “Eu queria criar um mundo 360. Como esta é uma peça de época, eu queria que os atores olhassem ao redor e vissem este mundo, não telas verdes em todos os lugares ou carros e aviões. Eu queria que eles pudessem ter suas mãos e pés no solo e eles queriam isso também”, explicou a diretora do filme, Gina Prince-Bythewood.
A direção é de Gina Prince-Bythewood e o roteiro de Dana Stevens e Maria Bello. O elenco do filme conta ainda com John Boyega, Lashana Lynch, Hero Fiennes Tiffin e Sheila Atim. A estreia de “A Mulher Rei” está marcada para o dia 22 de setembro nos cinemas brasileiros. Veja o trailer da produção: