Quando a NASA não está explorando outras galáxias, eles ficam de olho no planeta Terra, acompanhando suas nuances e mudanças. Na verdade, a NASA está gravando imagens da Terra há quarenta anos, e eles têm algumas bem importantes para nós, brasileiros.
Com o programa Landsat, a NASA levou sete satélites ao espaço para monitorar nosso planeta. O primeiro deles, o Landsat 1, foi lançado em 1972. Desde então, vemos a Terra com olhos diferentes: com ele, vimos pela primeira vez os danos que o desmatamento causa na Amazônia. A NASA explica:
No estado de Rondônia, o desmatamento dos anos 70 até os anos 90 segue um padrão distinto de “espinha de peixe”. O acesso a essa região remota começou com uma estrada principal atravessando a densa floresta, abrindo um novo território para pequenos ranchos e fazendas. Depois, surgiram outras estradas, formando ângulo reto com a estrada principal…
A floresta foi aberta em pequenas áreas de terra ao longo das estradas, primeiro com derrubadas e depois com fogo. As áreas abertas foram crescendo aos poucos e ficando mais próximas, até finalmente restar apenas uma grande área desmatada.
Segundo os cientistas Compton Tucker e David Skole, o padrão “espinha de peixe” é muito danoso, já que nele a área de contato entre humanos e a floresta é maior. Isso significa mais caça ilegal, mais desmatamento para obter madeira e outros danos à Amazônia.
Mas a NASA lembra que, nos últimos anos, a taxa de desmatamento na Amazônia vem diminuindo. E mesmo que parte da Amazônia tenha sumido, o Brasil ainda abriga 25% das florestas tropicais do mundo. Porém, como elas têm papel essencial no sequestro de carbono, processo que remove CO2 da atmosfera, as florestas podem ajudar a controlar o clima da Terra – é um dos muitos motivos para preservá-las.
Enquanto isso, a NASA continua seus esforços para observar nosso planeta: o Landsat 8 deve ser lançado em 2013. [NASA via Exame]
Imagem por Earth Observatory/NASA