Por que gastar energia brigando com um controle remoto a la Wiimote ou mesmo gritando com a sua TV para mudar de canal quando você pode simplesmente olhar para o que deseja e piscar para escolher? Essa é a teoria da Haier e, por incrível que pareça, ela funciona de verdade.
Ok, o rastreamento de olhos não é algo novo — os militares têm usado isso há tempos em armas de helicópteros e outras coisas —, mas ver algo do tipo funcionando pra valer em uma TV é bem impressionante. Se bem que… quando eu digo em uma TV, não é como se a tecnologia estivesse na própria tela ou algo assim. Existe uma caixa de varredura dos olhos que fica bem perto de você, na sua frente, e ela se conecta a um computador para controlar o que é exibido na tela. Certamente não é a coisa mais conveniente, prática ou elegante do mundo, mas poxa, é um começo. E no momento esse negócio não passa de um protótipo.
Depois de calibrado, processo que é feito acompanhando uma bola que rola pela tela, tudo fica pronto. Você foca em alguma coisa para destacá-la e então pisca algumas vezes em rápida sucessão para selecioná-la, passeando pelos menus. A navegação é feita apenas olhando para as coisas e é fantástica, muito intuitiva; você olharia para onde quer clicar de qualquer forma, eu imagino, então essa solução apenas remove uma camada de aparato e esforço antes necessária. Olhar para baixo faz saltar a tradicional barra de controles multimídia, com os botões de controle e volume. O lance de clicar e arrastar ainda não funciona, mas o resto está ok, como você esperaria que funcionasse.
No tempo que passei brincando com essa coisa, ela se mostrou muito precisa, de verdade; no mínimo tão precisa quanto um ponteiro do Wiimote, o que é bem impressionante. O sistema teve algum contratempo com aqueles óculos, mas o que você esperava?
Ele não é prático em nenhum sentido da palavra, claro — o que acontece quando você olha para um ponto específico da TV, como os tempos de volta ao assistir a uma corrida de Formula 1, por exemplo? Ainda assim, isso seria bem legal combinado com um sistema de controle por voz. Esperamos que o rastreamento ocular encontre o Kinect em algum ponto para transformar o ato de ficar trocando de canais a esmo em algo ainda mais preguiçoso do que já é.